Mu Phoenicis

estrela

Mu Phoenicis (μ Phoenicis) é uma estrela na constelação de Phoenix. Com uma magnitude aparente visual de 4,59,[1] pode ser vista a olho nu em locais sem poluição luminosa excessiva. De acordo com sua paralaxe medida pela sonda Gaia, está a uma distância de aproximadamente 244 anos-luz (75 parsecs) da Terra.[2]

μ Phoenicis
Dados observacionais (J2000)
Constelação Phoenix
Asc. reta 00h 41m 19,58s[1]
Declinação -46° 05′ 05,95″[1]
Magnitude aparente 4,59[1]
Características
Tipo espectral G8III[1]
Cor (U-B) 0,72[1]
Cor (B-V) 0,97[1]
Astrometria
Velocidade radial 17,41 ± 0,16 km/s[2]
Mov. próprio (AR) -27,29 mas/a[2]
Mov. próprio (DEC) -1,05 mas/a[2]
Paralaxe 13,3773 ± 0,2891 mas[2]
Distância 244 ± 5 anos-luz
74,8 ± 1,6 pc
Magnitude absoluta 0,2
Detalhes
Massa 2,50[3] M
Raio 13[4] R
Gravidade superficial log g = 2,62 cgs[3]
Luminosidade 87[3] L
Temperatura 4952[3] K
Metalicidade [Fe/H] = 0,11[3]
Idade 1,40 bilhões[3] de anos
Outras denominações
μ Phoenicis, CD-46 180, HR 180, HD 3919, HIP 3245, SAO 215194.[1]
Mu Phoenicis

Esta estrela é classificada como uma gigante de classe G com um tipo espectral de G8III.[1] No diagrama HR pertence à população do red clump,[3] o que indica que está na fase evolucionária de queima de hélio no núcleo. A partir da média de diferentes modelos de evolução estelar, sua massa foi estimada em 2,5 vezes a massa solar e sua idade em 1,4 bilhões de anos.[3] A estrela expandiu-se para um raio de 13 vezes o raio solar,[4] e está irradiando energia de sua fotosfera com 87 vezes a luminosidade solar a uma temperatura efetiva de aproximadamente 5 000 K.[3]

A partir de uma diferença significativa entre seu movimento próprio nos catálogos Hipparcos e Tycho-2, esta estrela é considerada uma possível binária astrométrica, cujo movimento próprio varia devido a perturbações por uma estrela companheira.[5][6]

Referências

  1. a b c d e f g h i «* mu. Phe -- Star». SIMBAD. Centre de Données astronomiques de Strasbourg. Consultado em 17 de outubro de 2018 
  2. a b c d e Gaia Collaboration; Brown, A. G. A.; Vallenari, A.; Prusti, T.; de Bruijne, J. H. J.; et al. (2018). «Gaia Data Release 2. Summary of the contents and survey properties». Astronomy & Astrophysics. 616: A1, 22 pp. Bibcode:2018A&A...616A...1G. arXiv:1804.09365 . doi:10.1051/0004-6361/201833051  Catálogo Vizier
  3. a b c d e f g h i Luck, R. Earle (setembro de 2015). «Abundances in the Local Region. I. G and K Giants». The Astronomical Journal. 150 (3): artigo 88, 23. Bibcode:2015AJ....150...88L. doi:10.1088/0004-6256/150/3/88 
  4. a b Pasinetti Fracassini, L. E.; Pastori, L.; Covino, S.; Pozzi, A (fevereiro de 2001). «Catalogue of Apparent Diameters and Absolute Radii of Stars (CADARS) - Third edition - Comments and statistics». Astronomy and Astrophysics. 367: 521-524. Bibcode:2001A&A...367..521P. doi:10.1051/0004-6361:20000451 
  5. Makarov, V. V.; Kaplan, G. H (maio de 2005). «Statistical Constraints for Astrometric Binaries with Nonlinear Motion». The Astronomical Journal. 129 (5): 2420-2427. Bibcode:2005AJ....129.2420M. doi:10.1086/429590 
  6. Eggleton, P. P.; Tokovinin, A. A. (setembro de 2008). «A catalogue of multiplicity among bright stellar systems». Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. 389 (2): 869-879. Bibcode:2008MNRAS.389..869E. doi:10.1111/j.1365-2966.2008.13596.x