Neo-pop é um movimento artístico pós-moderno que surgiu nas décadas de 1980 e 1990. É uma versão mais moderna das ideias dos artistas pop art dos anos 50, que se utiliza de algumas das suas ideias comerciais e de alguns aspectos kitsch. No entanto, ao contrário da pop art, o neo-pop inspira-se em uma quantidade mais ampla de fontes e técnicas.[1]

Contexto histórico

editar

Os visuais do estilo neo-pop não retêm muitos aspectos do estilo pop art tradicional, mas sim pegam elementos do pop art, como seu foco na cultura popular, no consumismo, nos meios de comunicação social e na sua paleta de cores brilhantes, para transmitir suas ideias para os tempos modernos. Os visuais baseiam-se principalmente em cores vibrantes, padrões diversos (como bolinhas, flores, corações, estrelas, linhas, etc.) e uma mistura de imagens da vida cotidiana, como anúncios e cultura pop. Artistas neo-pop muitas vezes se inspiraram em celebridades, desenhos animados e marcas registradas bastante conhecidas para realizarem suas obras de arte. Nisso, o movimento é definido como um renascimento da estética e das ideias do movimento de meados do século XX, que se utiliza das características do pop art como o kitsch intencional e o interesse pelo comercialismo.[2]

Artistas notáveis

editar

O termo, criado em 1992 pelo crítico japonês Noi Sawaragi,[3] refere-se a tanto artistas influenciados pelo estilo pop art e pelos elementos da cultura popular, como os artistas Jeff Koons, Romero Britto, Damien Hirst e Peter Mars, quanto a artistas que trabalharam com graffiti e arte em estilo cartoon, como os artistas Keith Haring e Kenny Scharf.[4] [5]

O artista japonês Takashi Murakami é descrito como um dos primeiros artistas japoneses neo-pop a "quebrar o gelo quando se trata de utilizar elementos da cultura pop japonesa".[6] O neo-pop japonês conhecido como Superflat está associado à subcultura otaku e aos interesses obsessivos por animes, mangás e outras formas de cultura pop.[7]

Veja também

editar

Referências

editar
  1. Fred S. Kleiner, Helen Gardner, Christin J. Mamiya, Richard G. Tansey, Gardner's Art Through the Ages, Chapters 19–34, Thomson Wadsworth, 2004, pp. 1068. ISBN 0-534-64091-5
  2. Contemporary Pop Artists Who Keep the Movement Alive Today — My Modern Met
  3. The Kings of Neo Pop
  4. Peter Childs, Mike Storry, Encyclopedia of Contemporary British Culture, Taylor & Francis, 1999, p. 413. ISBN 0-415-14726-3
  5. «Index of /arts». www.glbtqarchive.com. Consultado em 3 de junho de 2018 
  6. Smith, Roberta. "From a mushroom cloud, a burst of art reflecting Japan's psyche". The New York Times 8, no. 04 (2005): B28.
  7. Munroe, Alexandra. "Introducing Little Boy". In Little Boy: The Arts of Japan's Exploding Subcultures, edited by Takashi Murakami. pp. 241–61. Exh. cat. New York: Japan Society; New Haven: Yale University Press, 2005.