O Semanário foi um jornal brasileiro fundado por Oswaldo Costa e Joel Silveira no Rio de Janeiro, em 1956. Com tiragem de 60 mil exemplares, circulava em todo o territóro nacional, tendo redações no Rio de Janeiro e em São Paulo. O jornal, que circulou por oito anos, foi um dos poucos a se oporem ao Golpe de Estado no Brasil em 1964.[1]

Ligado à chamada "imprensa nacionalista de esquerda", dedicava-se à defesa do que entendia ser o "interesse nacional", incluindo-se aí o monopólio estatal do petróleo, a regulamentação efetiva do estado sobre exploração, pesquisa e comercialização do urânio e outros "minerais atômicos". Foi crítico contumaz do modelo desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek e das idéias de Assis Chateaubriand (considerados "entreguistas" pelo periódico), defendendo em contrapartida um modelo de desenvolvimento industrial baseado na regulamentação da atividade econômica pelo Estado, sem concessões ao capital estrangeiro.[2] Compôs a base de apoio ao governo João Goulart, voltando sua linha editorial à denúncia da possibilidade de conspiração golpista por parte dos setores conservadores da sociedade. Defendeu a manutenção da ordem democrática e a continuidade do projeto nacional reformista. Com o golpe perpetrado em 31 de março de 1964, teve sua redação invadida e foi obrigado a fechar as portas.[3]

Ver também

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Referências

  1. Leonidas de Brito, Leonardo (22 de maio de 2007). «A imprensa nacionalista no Brasil e o golpe: O Semanário». Observatório da Imprensa. Consultado em 10 de julho de 2010 
  2. Souza Brasil, Rafael do Nascimento. «Sob o lábaro fardado» (PDF). Associação Nacional de História - Rio de Janeiro. Consultado em 10 de julho de 2010 [ligação inativa]
  3. Almeida, Guy de. «Tempos da Imprensa nos Anos de Chumbo» (PDH). Revista do Legislativo, n.º 29. Consultado em 10 de julho de 2010 [ligação inativa]