O oapy ou uay, é um instrumento percusivo membranofone tradicional,[1][2] criado pelo indígena brasileiro,[2] usado no ataque, na convocação de assembléia e, na condução do prisioneiro ao sacrifício.[3] É considerado um típico tambor ancestral indígena de acordo com o Laboratório de Estudos Etnomusicológicos da Universidade Federal da Paraíba (LABEET/UFPB) e[2] Frei Pedro Sinzig.[3]

O tambor indígena é instrumento utilizado para várias fins: sinalização, comunicação, festejo e, cerimonial (social e religiosa).[4] Este normalmente é feito com um tronco de árvore escavado (em tupi chamado "korimbó" que representa “pau furado que produz som")[5][6] ou de carapaça de tartaruga, que é encoberto com couro ou pele de animais.[4]

Saber tradicional

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O saber tradicional é um produto histórico resultado do modo de vida de uma comunidade tradicional e o relacionamento com a biodiversidade que está inserida (intelecto coletivo ou intelecto cultural).[7] Este saber se reconstrói na transmissão entre as gerações e, que geralmente é feita por via oral, possui uma vísivel e imediata aplicação prática na sociedade.[7]

Referências

  1. Martius, Karl Friedrich Philipp von (1863). Glossaria linguarum brasiliensium: Glossarios de diversas lingoas e dialectos, que fallao os Indios no imperio do Brazil. Wörtersammlung brasilianischer sprachen (em alemão). [S.l.]: Druck von Junge & Sohn 
  2. a b c «Conheça a diversidade dos instrumentos musicais da cultura indígena». Fundação Nacional dos Povos Indígenas. Consultado em 5 de novembro de 2023 
  3. a b «Uapy, oapy ou uapi». Universidade Federal da Paraíba - UFPB Laboratório de Estudos Etnomusicológicos - LABEET. Consultado em 5 de novembro de 2023 
  4. a b «Índios brasileiros, instrumentos musicais». Fundação Joaquim Nabuco (Basilio Fundaj). Consultado em 9 de novembro de 2023 
  5. Brandão, Priscila (20 de dezembro de 2015). «Conheça a história do carimbó». Agronegócios. Consultado em 16 de janeiro de 2016 
  6. Souza, Aparecida Ivonete Merenda (2010). Dança na escola: danças folclóricas na educação física, resgatando a cultura popular. 11. [S.l.]: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE PARANAVAÍ. p. 15 
  7. a b Costa, Nivia Maria Vieira Costa; Melo, Lana Gabriela Guimarães; Costa, Norma Cristina Vieira (10 de fevereiro de 2018). «A Etnofísica da Carpintaria Naval em Bragança - Pará - Brasil». Amazônica - Revista de Antropologia (1): 414–436. ISSN 2176-0675. doi:10.18542/amazonica.v9i1.5497. Consultado em 26 de julho de 2023. Resumo divulgativo 

Ver também

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