Oligoceno

era geologica 35 milhões a 23 milhões de anos atrás
(Redirecionado de Oligoceno Inferior)
Sistema/Período Série/Época Andar/Estágio Idade (Ma)
Neogeno Mioceno Aquitaniano mais recente
Paleogeno Oligoceno Chattiano 23.03–28.1
Rupeliano 28.1–33.9
Eoceno Priaboniano 33.9–37.8
Bartoniano 37.8–41.2
Luteciano 41.2–47.8
Ipresiano 47.8–56.0
Paleoceno Tanetiano 56.0–59.2
Selandiano 59.2–61.6
Daniano 61.6–66.0
Cretáceo Superior Maastrichtiano mais antigo
Subdivisão do Paleogeno de acordo com a Tabela Cronoestratigráfica Internacional versão 2015/1 da Comissão Internacional sobre Estratigrafia.

Oligoceno ou oligocénico é a terceira época da era Cenozoica, está compreendida entre há cerca de 36 milhões de anos a cerca de 23 milhões de anos. O nome Oligoceno vem do grego oligos (pouco) e kainos (novo), em referência aos poucos novos mamíferos que surgiram nesta época em comparação com o Eoceno.[1] Divide-se nas idades Rupeliana e Chattiana, da mais antiga para a mais recente.

Em resumo, o Oligoceno pode ser considerado como um período de transição entre o primitivo mundo tropical de seu antecessor Eoceno e o mundo relativamente moderno de seu sucessor Mioceno.[2]

A principal mudança na geografia do mundo no Oligoceno foi a separação da América do Sul da Antártida, abrindo a passagem de Drake e completando o isolamento da Antártida; este isolamento permitiu a criação da Corrente Circumpolar Antártica, a qual impedia que as correntes oceânicas quentes se aproximassem do continente austral, fazendo sua temperatura diminuir e aumentar sua glaciação. Essa diminuição de temperatura se refletiu em todo o globo, porém de forma muito mais suave que no Eoceno. O aumento da calota polar Antártida também fez com que os níveis dos oceanos no Oligoceno baixassem.

O clima mais frio, também tornou a terra mais secas, fazendo as florestas diminuírem, dando lugar a áreas abertas e prados arborizados, sendo que começara a surgir em torno dos polos vegetações característica de tundra e taiga. Ainda assim, regiões desérticas e semidesérticas eram raras.

A fauna do Oligoceno foi, praticamente, uma consequência da Grande Coupure, a extinção no final do Eoceno que tirou da Terra a maioria dos mamíferos primitivos, dentre eles os dinocerados e os brontotérios, o que deu oportunidade para os ancestrais dos atuais mamíferos herbívoros se desenvolverem. Os primeiros a se destacarem nesta época foram os perissodáctilos, tais como os cavalos (Hippomorpha) e os rinocerontes (Ceratomorpha), sendo que alguns deles atingiram grande porte (merecendo destaque o Indricotherium, um Cetaromorpha que é considerado o maior mamífero terrestre que já existiu). Porém também houve um considerável desenvolvimento dos artiodáctilos (bovinos, cervos e porcos) e proboscídeos (elefantes), além de alguns poucos membros de ordens hoje extintas.

Entre os predadores, os creodontes ainda eram os dominantes, porém os carnívoros já estavam se desenvolvendo bastante (alguns especialistas acreditam que este desenvolvimento foi a principal causa da extinção dos creodontes, os quais não conseguiram competir com os carnívoros modernos), merecendo destaque para as famílias dos cães-ursos (Amphicyonidae), os primeiros felinos verdadeiros (Felidae) e os chamados "falsos-dentes-de-sabre" (Nimravidae), que se assemelhavam aos felinos porém tinham pernas mais curtas e são considerados mais primitivos.

Precedido por
Eoceno
Oligoceno
36 – 23
milhões de anos
Sucedido por
Mioceno

Ver também

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Referências

  1. Atlas Virtual da Pré-História. «Oligoceno». Consultado em 6 de maio de 2018 
  2. Fenero, Raquel; Thomas, Ellen; Alegret, Laia; Molina, Eustoquio (2010). Evolución paleoambiental del tránsito Eoceno-Oligoceno en el Atlántico sur (Sondeo 1263) basada en foraminíferos bentónicos (em espanhol). Zaragoza: Geogaceta. 4 páginas. ISSN 2173-6545