Ondina Clais Castilho
Ondina Clais Castilho (São Paulo, 6 de abril de 1970) é uma atriz e bailarina brasileira.[1]
Ondina Clais Castilho | |
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Ondina Clais Castilho em 2014 | |
Nome completo | Ondina Cláudia Silva de Castilho |
Outros nomes | Ondina Claudia de Castilho Pelbart |
Nascimento | 6 de abril de 1970 (54 anos) São Paulo, SP |
Ocupação | Atriz |
Biografia
editarOndina Clais iniciou sua carreira como bailarina clássica na década de oitenta. Foi aluna de Klaus e Rainer Viana, Jane Blauth, Sacha Svetloff, Neide Rossi, Ady Ador, Gaby Imparato, entre outros e em 1990 ingressou no grupo de teatro Grupo Macunaíma, dirigido por Antunes Filho, onde se tornou atriz. Dentre as montagens que realizou com o grupo se destacou como a protagonista Geni, de Toda Nudez Será Castigada, montagem comemorativa do aniversário dos 100 anos de Nelson Rodrigues e 30 anos do CPT-Sesc.[2]
Graduada em Comunicação e Artes do Corpo pela PUC-SP, fez parte do corpo docente da Escola e Faculdade de Teatro Célia Helena de (2008-2012). Trabalhou em parceria com Nelson Baskerville na fundação da Cia Antikatártika Teatral, com a montagem de 17 x Nelson, e depois na criação dos espetáculos Porque a criança cozinha na polenta e Luiz Antônio Gabriela, da Cia Mungunzá. Em 2009 começou a trabalhar com Francisco Carlos, dramaturgo e diretor, com quem desenvolveu a pesquisa do pensamento selvagem e perspectivismo ameríndio, que culminou com as montagens Jaguar Cibernético, Crepúsculo Guarani e Relatos Efêmeros da França Antártica, dentre outras leituras dramáticas realizadas pelo Sesc.
Em 2001, Ondina e Peter Pál Pelbart realizaram a performance filosófica Pérolas aos porcos, performance para suínos em torno de O Anti-Édipo, de Gilles Deleuze e Félix Guattari.[3] Da parceria com o artista plástico uruguaio Victor Lema Rique, entre os anos de 2006 e 2010, nasceram seis trabalhos de vídeo-arte, que participaram de vários festivais internacionais na Grécia, Cuba, Alemanha, Portugal, Espanha e Uruguai, dentre eles se destacam Toilette, Me rendo ao crepúsculo e Siempre hay uma cama e una ventana, que integraram a exposição Intimidades do Sesc Pompeia em 2009.
Em 2012 dirigiu Coração na bolsa em parceria com Ruy Cortez, dentro do projeto de novas dramaturgias do SESI-SP e em 2015, ao lado dele, passa a ser diretora artística da Companhia da Memória, a dar aulas em oficinas em espaços culturais e ministrar workshops. Desenvolveram juntos o projeto Pentalogia do Feminino, um conjunto de cinco peças que propõe um olhar para as dramaturgias, sob a perspectiva do feminino e da linhagem matrilinear. Começando com o monólogo Katierina Ivanovna que estreou em 2017 (onde interpreta a própria), personagem de Crime e Castigo de Dostoiévski, dirigida por Ruy Cortez e Marina Nogaeva Tenório. Seguem-se as montagens de Punk Rock de Simon Stephens, Réquiem para o desejo de Alexandre Dal Farra e As três irmãs e a semente de Romã, ainda inédita.
Em 2013 foi uma das protagonistas da montagem brasileira de A dama do mar, dirigida por Bob Wilson.[4][5]
No audiovisual fez parte do elenco de Sessão de Terapia (2014) na GNT, O Hipnotizador no papel de Madame Zoraide (2015), A vida secreta dos casais, como Elisa (2017-2018) e Coisa mais linda no papel de Esther (2018-2019) na Netflix. No cinema fez o último filme de Hector Babenco, Meu Amigo Hindu (2016), O filme da minha vida (2017) de Selton Mello, João o maestro (2017) de Mauro Lima, Vou nadar até você de Klaus Mitteldorf e Ateliê da rua do Brum de Juliano Dorneles, ainda inédito.
Carreira
editarCinema
editarAno | Título | Personagem |
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2020 | Vou Nadar Até Você | Talia[6] |
2017 | O Filme da Minha Vida | Sofia Terranova |
João, O Maestro | Alay[7] | |
2015 | Meu Amigo Hindu | Luiza |
O Ateliê da Rua do Brum | Clarissa | |
2013 | O Bailado do Deus Morto | Dançarina e Narradora |
2011 | O Encontro | A Mulher |
2002 | Noites Brancas em Sábado de Glória | Nina e Glória |
2001 | Mater Dei | Ana |
1996 | A Janela | Camila |
Televisão
editarAno | Título | Personagem | Notas |
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2024 | Da Ponte Pra Lá | Cléo | 5 episódios |
2019-20 | Coisa Mais Linda | Ester Carone Furtado | 11 episódios |
2018 | Desnude | Elisa | Episódio: Tirando Onda |
2017-19 | A Vida Secreta dos Casais | Elisa Andreazza[8] | 12 episódios |
2015 | O Hipnotizador | Madame Zoraide | 2 episódios |
2014 | Sessão de Terapia | Neuza | 4 episódios |
Ballet
editar- 1986 - O Guarani - corpo de baile
Teatro
editar- 1991 - Nova Velha História - Amiga da Chapeuzinho Vermelho
- 1992 - Paraíso Zona Norte - Arlete
- 1993 - Trono de Sangue - Macbeth - Lady McDuff
- 1996 - Drácula - Vampira menina
- 1999 - Cantos de Maldoror - O Hermafrodita
- 1999 - Matéria Amor - Incubus Sucubus
- 2000 - Dédalus - Perséfone
- 2001 - Gothan SP - Narradora
- 2004 - Fátima - Luiza
- 2005 - Umbigo - Camila
- 2006 - 17 x Nelson - Madame Clessy, a Falecida e Ligia
- 2007 - Hamlet-Gashô - Rainha Gertrude
- 2008 - Closer - Perto Demais - Ana
- 2009 - Namorados da Catedral Bêbada - Sandra Spotlight
- 2010 - Olerê, Olará - Samba Cabaret - Ana Gardênia
- 2011 - Jaguar Cibernético - Loira do Táxi Chuvoso
- 2013 - Toda Nudez Será Castigada - Geni
- 2013 - A Dama do Mar, de Henrik Ibsen, adaptado por Bob Wilson - Élida Wangel
- 2014 - Banana Mecânica - Medusa
- 2022 - As Três Irmãs
- 2022 - A Semente de Romã
Referências
- ↑ «Cacilda: Lígia Cortez e Ondina Clais Castilho, damas do mar». Folha de S.Paulo
- ↑ Gabriela Mellão (4 de outubro de 2012). «A peça que faltava». Folha de S. Paulo. Consultado em 3 de outubro de 2013
- ↑ «Filosofia para suínos – Peter Pál Pelbart». 12 de julho de 2016
- ↑ Nelson Sá (16 de junho de 2013). «Damas do mar». Cacilda, blog de teatro da Folha. Consultado em 3 de outubro de 2013
- ↑ Jefferson del Rios (23 de agosto de 2012). «Quando a ilusão vem do mar». Estadão
- ↑ «Vou Nadar Até Você». adorocinema.com. Consultado em 14 de setembro de 2020
- ↑ «João, O Maestro». Globo Filmes. Consultado em 5 de junho de 2019
- ↑ «Série A Vida Secreta dos Casais fala de sexo, poder político e jornalismo». Correio24horas.com. Consultado em 14 de setembro de 2017