Oreaster reticulatus

Oreaster reticulatus é uma espécie de estrela-do-mar da família dos oreasterídeos (Oreasteridae). Pode ser encontrada no oeste do Oceano Atlântico e no Mar do Caribe.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaOreaster reticulatus
Espécime avistado em 2014
Espécime avistado em 2014
Superfície oral de Oreaster reticulatus
Superfície oral de Oreaster reticulatus
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Echinodermata
Classe: Asteroidea
Ordem: Valvatida
Família: Oreasteridae
Gênero: Oreaster
Espécie: O. Reticulatus
Nome binomial
Oreaster Reticulatus
(Lineu, 1758)[1]
Sinónimos[1]
  • Asterias gigas (Lineu, 1753)
  • Asterias pentacyphus (Retzius, 1805)
  • Asterias reticulata (Lineu, 1758)
  • Asterias sebae (de Blainville, 1830)
  • Oreaster aculeatus (Gray, 1840)
  • Oreaster bermudensis (H.L. Clark, 1942)
  • Oreaster gigas (Lutken, 1859)
  • Oreaster lapidarius (Grube, 1857)
  • Oreaster tuberosus (Behn in Mobius, 1859)
  • Pentaceros aculeatus (Gray, 1840)
  • Pentaceros gibbus (Gray, 1840)
  • Pentaceros grandis (Gray, 1840)
  • Pentaceros reticulatus (Gray, 1840)

Descrição editar

Oreaster reticulatus é a maior estrela-do-mar encontrada dentro de seu alcance, às vezes crescendo até cerca de 50 centímetros (20 polegadas) de diâmetro. Geralmente tem cinco braços grossos e largos que se projetam de um amplo disco acolchoado, mas alguns espécimes têm quatro, seis ou sete. A superfície superior é dura e coberta de espinhos rombos. A cor dos adultos é algum tom de vermelho, laranja, amarelo ou marrom. Os juvenis são marrom-esverdeados com manchas manchadas.[2][3]

Distribuição e habitat editar

Oreaster reticulatus ocorre em muitas regiões do Atlântico Central Ocidental, incluindo Baamas, Cabo Frio, Cabo Hatteras, Mar do Caribe, Flórida, Golfo do México, Guianas e Iucatã.[1] Os adultos são geralmente encontrados em fundos arenosos e escombros de coral em profundidades de até 37 metros (121 pés), enquanto os juvenis habitam prados de ervas marinhas, onde sua coloração ajuda a camuflar. No inverno, migra para locais em mar aberto com pouco movimento de água para evitar turbulência.[3]

Biologia editar

Oreaster reticulatus é onívoro e se alimenta do sedimento do fundo do mar e das algas epífitas, esponjas e pequenos invertebrados que ali encontra. Junta montes de sedimentos e depois vira seu estômago cardíaco do avesso e engole a massa. Espécies de esponjas comestíveis são escolhidas em detrimento de outras presas e tendem a ser eliminadas de áreas onde abundam as estrelas-do-mar.[4] Os sexos são separados em Oreaster reticulatus. Nas áreas subtropicais se reproduz no verão, mas em locais mais tropicais se reproduz durante todo o ano. Um grande número de indivíduos pode se reunir em um local no momento da reprodução, com densidades às vezes chegando a quatorze por metro quadrado (jarda). Essa concentração de indivíduos aumenta a chance de fertilização quando os gametas são liberados no mar. As larvas fazem parte do zooplâncton e flutuam com as correntes. Depois de passar por vários estágios de desenvolvimento, se estabelecem no fundo do mar, geralmente entre ervas marinhas, e sofrem metamorfose em estrelas-do-mar juvenis.[3]

Conservação editar

Em 2005, foi classificado como vulnerável na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[5] em 2011, como criticamente em perigo na Lista das Espécies da Fauna Ameaçada de Extinção em Santa Catarina;[6] em 2014, como vulnerável na Portaria MMA N.º 444 de 17 de dezembro de 2014;[7] em 2017, como em perigo na Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia;[8][9] e em 2018, como vulnerável no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio);[10] A espécie não consta na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN), nos apêndices da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES) ou na lista do Endangered Species Act of 1973, mas é protegida no Caribe devido a sua exploração como suvenir.[11]

Referências

  1. a b c Mah, Christopher (2012). «Oreaster reticulatus (Linnaeus, 1758)». World Register of Marine Species. Consultado em 8 de setembro de 2012 
  2. Colin, Patrick L. (1978). Marine Invertebrates and Plants of the Living Reef. Neptune, Nova Jérsei: T.F.H. Publications. pp. 411–414. ISBN 0-86622-875-6 
  3. a b c Puglisi, Melany P. (1 de outubro de 2008). «Oreaster reticulatus: Cushioned Star». Smithsonian Marine Station at Fort Pierce. Consultado em 8 de setembro de 2012 
  4. Wullf, L. (1995). «Sponge-feeding by the Caribbean starfish Oreaster reticulatus». Marine Biology. 123 (2): 313–325. doi:10.1007/BF00353623 
  5. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  6. Lista das Espécies da Fauna Ameaçada de Extinção em Santa Catarina - Relatório Técnico Final. Florianópolis: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Fundação do Meio Ambiente (FATMA). 2010 
  7. «PORTARIA N.º 444, de 17 de dezembro de 2014» (PDF). Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Ministério do Meio Ambiente (MMA). Consultado em 24 de julho de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 12 de julho de 2022 
  8. «Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia.» (PDF). Secretaria do Meio Ambiente. Agosto de 2017. Consultado em 1 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de abril de 2022 
  9. «Oreaster reticulatus (Linnaeus, 1758)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 26 de abril de 2022. Cópia arquivada em 9 de julho de 2022 
  10. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  11. Miranda, R.; Patel, S. (2011). «Oreaster reticulatus». Animal Diversity Web - Museu de Zoologia da Universidade de Michigão