Orlando Fals Borda

Orlando Fals Borda (Barranquilla, 11 de julho de 1925 - Bogotá, 12 de agosto de 2008) foi um pesquisador e sociólogo colombiano. Um dos fundadores da pesquisa-ação participativa, foi precursor do pensamento crítico e um dos mais importantes pensadores na América Latina.[1]

Orlando Fals Borda
Orlando Fals Borda
Nascimento 11 de julho de 1925
Barranquilla
Morte 12 de agosto de 2008 (83 anos)
Bogotá
Cidadania Colômbia
Cônjuge María Cristina Salazar
Alma mater
Ocupação sociólogo, professor universitário
Prêmios
  • Bolsa Guggenheim (1953, 1954)
  • Prêmio Bruno Kreisky
  • Prêmio Bronislaw Malinowski (2008)
Obras destacadas Pesquisa participativa

Com o padre Camilo Torres Restrepo, e intelectuais como Eduardo Umaña Luna, María Cristina Salazar, Virginia Gutiérrez de Pineda, Carlos Escalante, Darío Botero e Tomás Ducay, fundou em 1959 uma das primeiras faculdades latinas de sociologia, na Universidade Nacional da Colômbia.[2] Tendo navegado entre diferentes saberes e disciplinas,[1] sua perspectiva construiu um vínculo entre a ciência e a política, mudando as relações entre a sociedade e o conhecimento. No final dos anos 1960, desempenhou um papel fundamental na fundação do CLACSO ( Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais ). Parte essencial de seu esforço intelectual centrou-se na construção de uma perspectiva da fronteira e da periferia, centrada nas condições de subordinação das sociedades latino-americanas.

Pensador polêmico e militante, Borda desenvolveu uma concepção ética da subversão baseada em um método particular de análise e uma práxis, denominada "subversão positiva". Sua perspectiva também contribuiu para o desenvolvimento de interpretações críticas recentes, como o pós-colonialismo ligado à análise dos efeitos da modernidade da colonialidade nos processos de transformação na América Latina.

Referências

  1. a b BRINGEL, Breno; MALDONADO, E. Emiliano. Pensamento crítico latino-americano e pesquisa militante em Orlando Fals Borda: práxis, subversão e libertação. Revista Direito e Práxis, v. 7, n. 13, p. 389-413, 2016.
  2. «A 51 años de la muerte de Camilo Torres: "Insistamos en lo que nos une y prescindamos de lo que nos separa" (51 years after the death of Camilo Torres: "Let us insist on what unites us and do without what separates us")» (em espanhol). Colombia: Desinformémonos. 15 de fevereiro de 2017. Consultado em 25 de abril de 2022