Gomesa radicans

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A Gomesa radicans, também conhecida como Ornithophora Radicans, é uma micro-orquídea que recebe popularmente os nomes de pelo-de-urso, barba-de-bode-das-árvores, pelo-de-urso ou barba-de-bode-das-árvores. Trata-se de uma planta epífita ou, em algumas ocasiões, herbácea [1] pertencente ao gênero Gomesa e à família Orchidaceae. [1]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaGomesa radicans

Classificação científica
Superdomínio: Biota
Reino: Plantae
Sub-reino: Viridiplantae
Infrarreino: Streptophyta
Superdivisão: Embryophyta
Divisão: Tracheophyta
Subdivisão: Euphyllophyta
Ordem: Asparagales
Família: Orchidaceae
Subfamília: Epidendroideae
Tribo: Cymbidieae
Género: Gomesa
Espécie: Gomesa radicans

Distribuição editar

Nativa do Brasil, sendo encontrada principalmente em áreas de mata atlântica nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, esta espécie de orquídea é admirada por suas flores pequenas e vibrantes, em formato que se assemelham a pequenos pássaros. Suas hastes florais se desenvolvem em estruturas pendentes, sendo apreciadas por colecionadores de orquídeas em todo o mundo.

Em termos ecológicos, é encontrada nos domínios fitogeográficos de Cerrado e Mata Atlântica, em regiões com vegetação de mata ciliar, Floresta Estacional Perenifólia, floresta ombrófila pluvial e mata de araucária.[1]

Etimologia editar

O nome Ornithophora vem do grego ornithos (pássaro) e phoros (portador), em referência à aparência das flores, que se assemelham a pássaros em pleno voo.[2]

Descrição editar

A Gomesa radicans, é uma orquídea epífita, o que significa que cresce sobre outras plantas, geralmente árvores, sem parasitá-las. Suas folhas são alongadas e verde-escuras, com cerca de 20 centímetros de comprimento e 2 centímetros de largura. As flores crescem em hastes finas, que podem chegar a 30 centímetros de comprimento, e são formadas por pétalas e sépalas de cor vermelho-alaranjado, com cerca de 1,5 centímetros de comprimento. A parte central da flor é formada por um labelo curvo, que mede cerca de 1,5 centímetros de comprimento e é de cor amarelo-pálido podendo apresentar algumas manchas avermelhadas.[3]

Esta orquídea pode ser facilmente confundida com outras espécies, como Ornithophora tricolor e Ornithocephalus radicans.[4]

Detalhes editar

Caule[1]
crescimento cespitoso
pseudobulbo subtendido por bainha com articulação e limbo
forma fusiforme
textura liso
Folha[1]
forma das lâminas das bainha e das lâmina terminal ao pseudobulbo linear
Inflorescência[1]
posição arqueada
racemo simples
Flor[1]
sépala e pétala verde/sem mácula
sépala lateral adnata somente na base
pétala subiguais às sépala
labelo branco
base unguiculada espessada e lisa
lobo lateral ausente
posição não
lobo mediano âncora/convexo
largura não
largura não
calo somente no disco
forma porção proximal oblongóide/porção distal com contorno arredondado
coluna com asa estigmática inconspícua

Cultivo editar

Embora seja de presença bastante rara na natureza, sendo encontrada apenas em áreas muito específicas da mata atlântica, esta orquídea pode ser cultivada em vasos com substrato de casca de pinus, fibra de coco, carvão vegetal e esfagno, contando com boa drenagem e manutenção da umidade. [3]

Deve ser mantida em ambiente com temperaturas entre 15°C e 30°C, com boa luminosidade, mas sem exposição direta ao sol. É importante manter o substrato sempre úmido, mas sem encharcamento. É recomendável a adubação com fertilizantes específicos para orquídeas a cada duas semanas.[3]

Taxonomia editar

A espécie foi descrita em 2009 por Norris H. Williams, Norris H. Williams, Mark W. Chase e Mark W. Chase. [5] Os seguintes sinônimos já foram catalogados: [1]

  • Sigmatostalix radicans Rchb.f.
  • Ornithophora quadricolor Barb.Rodr.
  • Ornithophora radicans alba Xim.Bols.
  • Ornithophora radicans (Rchb.f.) Garay & Pabst

Conservação editar

A espécie faz parte da Lista Vermelha das espécies ameaçadas do estado do Espírito Santo, no sudeste do Brasil. A lista foi publicada em 13 de junho de 2005 por intermédio do decreto estadual nº 1.499-R. [6]

Notas editar

Contém texto em CC-BY-SA 4.0 de Meneguzzo, T.E.C. Gomesa in Flora e Funga do Brasil. [1]

Referências

  1. a b c d e f g h i «Gomesa radicans (Rchb.f.) M.W.Chase & N.H.Williams». floradobrasil2020.jbrj.gov.br. Consultado em 18 de abril de 2022 
  2. «IOSPE PHOTOS». www.orchidspecies.com. Consultado em 6 de março de 2023 
  3. a b c «Ornithophora Radicans Tudo Sobre Essa Orquídea». Guia das Orquídeas. 8 de novembro de 2019. Consultado em 6 de março de 2023 
  4. «Centro Nacional de Conservação da Flora - CNCFlora». www.cncflora.jbrj.gov.br. Consultado em 6 de março de 2023 
  5. «Gomesa radicans». www.gbif.org (em inglês). Consultado em 18 de abril de 2022 
  6. «IEMA - Espécies Ameaçadas». iema.es.gov.br. Consultado em 12 de abril de 2022 

Ligações externas editar