Sépalas são peças legais da flor, situando-se no verticilo mais externo desta.[1] São estruturas foliáceas, normalmente menores e mais consistentes do que as pétalas, e na maior parte dos casos têm a função primordial de proteger o botão floral, fechando-se sobre este antes da antese. O conjunto de sépalas de uma flor é conhecido como cálice.

Exemplo de extremo desenvolvimento das sépalas, a flor de Aristolochia gigantea, ou papo-de-peru, é formada basicamente por um cálice super desenvolvido. As pétalas são minúsculas.

As sépalas são usualmente esverdeadas, mas, como quase todas as partes de uma planta, assumem uma incrível variedade de formas e funções, de acordo com cada espécie.

Detalhe das pequenas flores da palmeira Dypsis lutescens, conhecida como areca-bambu, destacando a posição externa da sépala.

Na família Malpighiaceae, por exemplo, a face dorsal das sépalas apresentam glândulas de óleo, que é recolhido por abelhas enquanto estas, acidentalmente, polinizam a flor. Em algumas Euphorbiaceae, as flores não possuem pétalas, e cabe às sépalas assumir a função de atrair polinizadores. Adaptações extremas com esse fim também podem ser observados na família Aristolochiaceae. Em Theaceae, algumas espécies conservam as sépalas mesmo durante o desenvolvimento do fruto, talvez como uma proteção adicional a este contra predadores. Enquanto isso, em Lecythidaceae as sépalas não passam de estruturas reduzidas e com aspecto semelhante ao restante do cálice, ofuscado pela exuberância das pétalas e estames, e aparentemente sem função.

Referências

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  1. «Sépala». Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 9 de maio de 2020