Orquestra Filarmônica do Rio de Janeiro

A Orquestra Filarmônica do Rio de Janeiro foi fundada em 1930 pelo maestro e pianista Walter Burle-Marx.[1]  A orquestra estreou cerca de 60 obras em terras brasileiras, entre elas a Sinfonia n.º 1 e 9 de Ludwig van Beethoven,[2] a Bachiana Brasileira nº 1 de Heitor Villa-Lobos[3], o Concerto em Sol de Maurice Ravel[3] e obras de compositores nacionais, entre eles Francisco Mignone, Camargo Guarnieri e José Maurício Nunes Garcia.  

Orquestra Filarmônica do Rio de Janeiro
Orquestra Filarmônica do Rio de Janeiro
Período em atividade 1930 - presente
Género(s) Música Clássica e Música Popular
Condutor principal Leonardo Bruno
Página oficial www.filarmonicadorio.org

História editar

As atividades da orquestra se iniciaram em maio de 1931[4]. A temporada de estreia da orquestra contou com uma série de dez concertos e solistas como Guiomar Novaes, Bidu Sayão, Antonieta Rudge, Tomás Terán, Antonietta de Souza, Pery Machado, João de Sousa Lima, Iberê Gomes Grosso.[5] Neste ano destacam-se a primeira audição da Sinfonia da Dança de Emil von Reznicek[6]

Na série da temporada de 1932, a orquestra realizou a primeira audição da dupla obra, as Sinfonias nº 1 e 9 de Ludwig van Beethoven com os coros da Harmonia e da Lyra. Participaram as solistas Carmen Gomes e Antonietta de Souza e os solistas Reis e Silva e Walter Summermeyer.[7]

Em 1932, a orquestra inaugurou os concertos para juventude[8], quando Villa-Lobos escreveu para o maestro Burle-Marx a obra Caixinha de Boas Festas.[4] Villa-Lobos regeu junto à orquestra a estreia de suas obras Prelúdio e Fuga que posteriormente formaram a Bachiana Brasileira nº1.[3] No mesmo ano, a orquestra apresentou Marguerite Long, com a primeira audição do Concerto em Sol de Maurice Ravel. Em 1934, houve a remodelação do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que interrompeu os concertos. Em 1935, Burle-Marx viajou para o exterior e radicou-se nos Estados Unidos.

Em 1978, a orquestra foi retomada pelo maestro Florentino Dias. Em 6 de janeiro de 1982, a orquestra ganhou lei nº 520 de utilidade pública da cidade do Rio de Janeiro.[9] Sob a batuta do maestro Florentino, a orquestra ao longos dos anos apresentou artistas internacionais, como a regente Amy Mills, John Phillip Souza, Bernard Wahl,[10]Ahmed Elsaedi, Fabiano Monica, Alexander Frey e Álvaro Cassuto. [11]

Em 2017, o maestro Leonardo Bruno assumiu a regência da Filarmônica. Em 2020, o maestro Florentino Dias faleceu vitimado pela Covid-19. Em 2018 a orquestra foi convidada para reger o concerto de 80 anos de Martinho da Vila, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.[12]

Referências editar

  1. «Os sons e as cores dos Burle-Marx». O Globo. 2 de maio de 2016 
  2. «Correio Musical. Edição 11599». Correio da Manhã. 30 de setembro de 1932. p. 5 
  3. a b c «Villa-Lobos nos anos 1930 e 1940: transcrições e "work in progress"». Revista Brasileira de Música - UFRJ. p. 93 
  4. a b «Burle-Marx rege novamente no Rio». Correio da Manhã. 24 de junho de 1967 
  5. «Correio Musical». Correio da Manhã. 3 de maio de 1931. p. 5 
  6. «Correio Musical». Correio da Manhã. 23 de julho de 1931. p. 7 
  7. «Bethoven no Brasil». Correio da Manhã. 16 de outubro de 1932. p. 2 
  8. «Concertos para juventude na Philarmônica». Correio da Manhã. 10 de julho de 1932 
  9. «LEI Nº 520, DE 06 DE JANEIRO DE 1982.». ALERJ 
  10. «Caderno B / Música Clássica» (PDF). Jornal do Brasil. 6 de novembro de 1988 
  11. «Orquestra Filarmônica do Rio encanta Cabo Frio». G1 - Globo.com 
  12. «Martinho da Vila levanta bandeiras ao orquestrar sinfonia do samba em disco ao vivo». G1 - Globo.com