A pólvora marrom ou pólvora prismática, algumas vezes referido como "pólvora de cacau" devido à sua cor, foi um propelente usado em artilharia de grosso calibre e canhões de navios por volta de 1870. Embora semelhante à pólvora negra, foi quimicamente formulado e formado hidraulicamente em um formato de grão específico para fornecer taxas de queima mais lentas com queima neutra ou progressiva, em oposição à queima mais rápida e regressiva típica de grãos de pólvora negra de formato aleatórioa produzidos por esmagamento e pólvora de peneiramento formado em folhas em uma caixa de prensa, como era típico para pólvora de canhões anteriormente.

Ilustração de um grão de pólvora prismática

Características

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Se o objetivo é apenas causar danos por explosão, pólvoras com alta potência explosiva, alta taxa de combustão e grande velocidade de detonação são as ideais, mas para armas, especialmente canhões pólvoras de queima lenta diminuem o estresse de disparo. Isso permite canos mais leves, mais longos (e mais precisos), diminuindo os custos de produção e manutenção. Outras modificações na taxa de queima foram obtidas moldando os grãos da pólvora em formas prismáticas, tipicamente prismas hexagonais ou octogonais de perfuração única.[1]

Em 1880, os canhões navais usavam pólvoras com grãos hexagonais, 1 polegada (25 mm) de altura.[2] As pólvoras de grãos muito grandes, estando sujeitos a defeitos de fabricação, não eliminaram completamente o perigo de sobrepressão, como demonstrado no acidente de 1880 no couraçado italiano Caio Duilio, envolvendo a pólvora produzida na fábrica de produtos químicos de Fossano.[3]

A pólvora marrom tornou-se obsoleta como propelente devido à introdução de propelentes nitro-explosivos como o Poudre B, na França,[2] e posteriormente pela Ballistite de Nobel e, na Grã-Bretanha, pela cordite. Esses novos propelentes produziram menos fumaça, particularmente menos fumaça preta.[carece de fontes?]

Referências

  1. Davis, Tenney L. (2012) [1941–1943]. The Chemistry of Powder and Explosives. Two volumes. Las Vegas: Wiley. ISBN 978-0945001171. OCLC 488351130 [falta página]
  2. a b Roger Parkinson (2008). The Late Victorian Navy: The Pre-Dreadnought Era and the Origins of the First World War. Woodbridge, UK: Boydell Press. p. 135. ISBN 978-1-84383-372-7. OCLC 220001679 
  3. Gardiner, Robert (1992). Steam, Steel & Shellfire: The Steam Warship, 1815–1905. London: Conway Maritime Press. p. 161. ISBN 978-0-85177-564-7. OCLC 30778237 

Ligações externas

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