Parque Estadual do Espinilho

unidade de conservação da natureza pertencente ao governo do estado do Rio Grande do Sul

O Parque Estadual do Espinilho (PEE) é uma unidade de conservação localizada no município brasileiro de Barra do Quaraí, no extremo sudoeste do Rio Grande do Sul.

Parque Estadual do Espinilho
Parque Estadual do Espinilho
A vegetação tem aspecto savânico no Parque Estadual do Espinilho
Localização Rio Grande do Sul, Brasil
Dados
Área 1.617,14 ha
Criação 28 de Fevereiro de 2002- Ampliação[1]
Gestão Sema-RS
Coordenadas 30° 11' S 57° 30' O

O parque foi criado em 1975 pelo Decreto Estadual nº 23.798, inicialmente com uma área de 276 hectares. Sua área foi ampliada em 2002, pelo Decreto Estadual Nº 41.440(28 de Fevereiro de 2002), ocupando agora 1.617,14 hectares. Não está aberto à visitação pública.

O clima da região é do tipo Cfa de Köeppen, com médias anuais de temperatura de 23,4 °C e precipitação de 1300 mm. Os solos do local são predominantemente Gleissolo Melânico Carbonático solódico, hidromórficos e de textura média.[2]

Espinilho é um vegetal arbóreo com dimensões que podem alcançar três metros de altura, espinhento e que produz uma pequena cápsula de um centímetro onde estão as sementes. A distribuição dessa vegetação é característica da região que se inicia na beira dos rios Espinilho[3] , Mourões, Quaraí Mirim e, depois, rio Quaraí, onde está localizado o parque. Fica no início da confluência dos rios, na região antigamente conhecida como Campo Osório, onde na revolução de 1893 foi morto o almirante Saldanha da Gama.

O local apresenta diversas espécies de animais e plantas, muitas delas restritas àquela região. O ecossistema não tem ocorrência em nenhuma outra área do país. As espécies de maior ocorrência na vegetação do tipo Savana Parque, típica do PESP, são as Prosopis nigra e Prosopis affinis, algarrobo e inhanduvay respectivamente, bem como alguns exemplares de quebracho blanco.[4] Entre os animais, podemos observar o Cardeal amarelo que é endêmico ao Parque, bem como os formigueiros gigantes de formigas da espécie Atta vollenweideri. A fauna e a flora são exuberantes, uma vez que são encontrados bandos de capivaras, alguns cervos galhados, veado virá, graxains, pacas, lontras, jaguatiricas, socós, tachãs, colhereiros e uma infinidade de pássaros menores.

Referências

  1. Coordenadas baseadas no trabalho de Maria O. Marchiori, Helena P. Romanowski, Revista Brasileira de Zoologia, v. 23, n. 4 (2006)
  2. Revista da FZVA - Uruguaiana, v. 10, n. 1, p. 42-62. 2003
  3. Nome Científico: Acacia caven (Mol.) Mol.
    Família: Fabaceae
    Origem: Sudoeste e oeste do Rio Grande do Sul, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia. http://w3.ufsm.br/herbarioflorestal/especie_detalhes.php[ligação inativa].
  4. É uma árvore da Espécie Aspidosperma quebrachoblanco Schltdl, Família Apocynaceae, conhecida no Brasil como Quebracho-branco, nativa do Rio Grande do Sul e parte dos países platinos. - Libro del Árbol, Tome II, edited by Celulosa Argentina S. A., Buenos Aires, Argentina, October 1975.

Referências

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  • Revista da FZVA - Uruguaiana, v. 10, n. 1, p. 42-62. 2003
  • Arvores Brasileiras, Vol.1 - Resolução SMA 47
  • Libro del Árbol, Tome II, edited by Celulosa Argentina S. A., Buenos Aires, Argentina, October 1975.

Ver também

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Ligações externas

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