Os partênias ( em Grego Antigo οἱ Παρθενίαι / hoi Partheníai, "filhos de virgens" em tradução livre) foram os membros de uma classe de Esparciatas tida como inferior. Nascidos fora de casamentos no contexto das Guerras Messênias, abandonaram a Lacônia para fundar Tarento[1].

Origem dos partênias

editar

Há, ao menos, duas fontes históricas que tratam da origem dos partênias. A primeira é Antíoco de Siracusa, segundo a versão do historiador durante a Primeira Guerra Messênia os lacedemônios que não combateram foram considerados covardes e tornados escravos, sendo chamados de Hilotas enquanto as crianças nascidas durante o período foram chamadas de partênias e não receberam cidadania plena. Já na versão de Estrabão[2] (citada por outros autores como Políbio[3] e Dionísio de Halicarnasso), os espartanos juraram não retornar à Esparta até que capturassem Messênia (Grécia Antiga)[4], contudo a guerra se estendeu por anos trazendo risco à demografia espartana. Para lidar com essa questão, no décimo ano do conflito foi permitido que os soldados mais jovens, os quais não haviam feito o juramento, voltassem à Esparta e engravidassem as mulheres[2], esses filhos foram os partênias.

Revolta e fundação de Tarento

editar

Após a vitória espartana no décimo nono ano do conflito com Messênia, os espartanos voltaram à sua cidade e negaram a cidadania plena aos partênias, pois esses foram frutos de relações fora de casamentos. Nessa situação, houve uma tentativa de revolta. A solução para a questão foi a de que os partênias se ausentassem de Esparta e fundassem uma cidade além mar, acabando ela por ser Tarento[2].

Referências

  1. Deserto, Jorge; Pereira, Susana da Hora Marques (2016). «Estrabão, Geografia. Livro III: introdução, tradução do grego e notas». doi:10.14195/978-989-26-1226-3. Consultado em 27 de dezembro de 2023 
  2. a b c Estrabão. Geografia. VI. 3.3.
  3. Políbio. Histórias, xii.6b.5
  4. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XV, 66.3.