Paulo Emilio de Salles Chagas Eiró (Santo Amaro, 15 de abril de 183627 de junho de 1871) foi um poeta e dramaturgo brasileiro.[1]

Paulo Eiró
Paulo Eiró
Paulo Eiró aos 18 anos, 1854
Nascimento 15 de abril de 1836
Santo Amaro, SP
Morte 27 de junho de 1871 (35 anos)
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Pai: Francisco Antonio das Chagas
Ocupação poeta, dramaturgo

Biografia editar

Nasceu em 1836 e faleceu em 1871, sendo um prodígio para sua época. Algumas fontes[2] reporta que Eiró, assim como muitos poetas do século XIX tinha uma musa inspiradora, um amor escondido e impossível. Amou sua prima desde pequeno e a teve como musa.

Em março de 1859, como professor de uma escola pública de ensino fundamental na Villa de Santo Amaro, solicitou licença de trabalho e abono do seu salário enquanto cursaria a Faculdade de Direito. Comprometeu-se a pagar o salário do seu professor substituto no decorrer do seu curso.[1]

Filho de um professor apelidado de “Chico Doce” também tomou apreço pela profissão já aos dezenove anos e construiu um teatrinho para a vizinhança santamarense. Eram concorridos os papéis para suas peças cômicas onde também atuou. Das tantas tentativas em impressionar sua musa, nada adiantou, pois ao voltar de uma de suas longas e exaustivas viagens pelos estados brasileiros vizinhos, presencia sem querer a celebração de casamento da musa platônica.[2] A partir desse fato, foi que Paulo sucumbiu à falta de lucidez e sua sanidade já não lhe servia como amiga. Nesse período em que procura saídas para sua dor, tenta cursar Direito na Faculdade São Francisco, recebe até certo reconhecimento pelas beleza de seus versos, mas abandona o curso devido a problemas de saúde. Tenta ainda o seminário, mas era um ser curioso, dotado de questionamentos humanos e libertários.[2] Sendo assim, um dos padres ordena que queime grande parte de sua maior riqueza, as poesias revolucionárias. O escritor Henrique L. Alves acrescenta: “O poeta viveu perseguido pelo desleixo, mergulhado no esquecimento, tanto em vida quanto na morte".[3]

Outros Nomes editar

Paulo Eiró utilizou ao longo de sua vida outros nomes: Paulo Francisco de Sally, Paulo Emilio de Salles, Paulo Emilio de Sally Eiró.[2]

Projeto Relembrando Paulo Eiró editar

Em 2011 o projeto "Relembrando Paulo Eiró" que teve como proponente Gustavo Guimarães Gonçalves, foi contemplado pelo Edital da prefeitura da Cidade de São Paulo, assim, o nome de Paulo Eiró foi relembrando historicamente com pesquisas diversas resultando em livretos que foram distribuído em várias escolas públicas, uma peça: "Eiró - A vida entre as obras" e um documentário: "Diga-me Paulo Eiró".[3] O livreto teve c coordenação de Gustavo Guimarães Gonçalves e Angela Belei e ilustrações de Algacyr da Rocha (Entrevista a Algacyr da Rocha Ferreira, único autorizado pelo escultor Júlio Guerra a realizar intervenções em suas obras.[3]

A peça, "Eiró - A vida entre as obras" teve como direção Gustavo Guimarães Gonçalves e foi Apresentada nos CEUs: Casa Branca, Campo Limpo, Capão Redondo, Guarapiranga, Casa de Cultura de Santo Amaro e Paço Cultural Julio Guerra. Também foi apresentada no festival Satyrianas 2011.

O Documentário "Diga-me Paulo Eiró" foi exibido nos CEUs: Casa Branca, Campo Limpo, Capão Redondo, Guarapiranga, Casa de Cultura de Santo Amaro e Paço Cultural Julio Guerra. Também foi exibido nas OC Amácio Mazzaropi, SP Escola de teatro e SESC Santo Amaro.

Homenagem editar

Em março de 1957 foi inaugurado o Teatro Paulo Eiró, no bairro de Santo Amaro, tombado pelo Conpresp em 1992 graças ao seu valor arquitetônico.

Referências

  1. Biografia de Paulo Eiró, Sampa Art, acessado em 2 de novembro de 2014
  2. a b c *SCHMIDT, Afonso - A vida de Paulo Eiró. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1940.
  3. a b c GONÇALVES, Gustavo "Relembrando Paulo Eiró". São Paulo: Impressão limitada
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