Pedra-de-iemanjá[1] (nome científico: Meandrina brasiliensis[2][3]; por vezes denominada Meandrina braziliensis;[1][4] nomeada, em inglêsː rose coral)[5] é uma espécie de cnidário antrozoário marinho e colonial da família dos meandrinídeos (Meandrinidae), classificada por Milne Edwards & Haime, em 1848; descrita como Ctenophyllia brasiliensis no texto "Recherches sur les polypiers. Mémoire 4. Monographie des Astréides (1)". Annales des Sciences Naturelles, Zoologie, Series 3. 10: 209-320, pls. 5-9.[2] Habita fundos de recifes do oeste do oceano Atlântico, entre dois e 60 metros de profundidade,[4] sendo endêmica da costa do Brasil.[6]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaPedra-de-iemanjá[1]
Estrutura de sustentação de um cnidário da espécie Meandrina brasiliensis; fotografado na coleção do MZUSP - Museu de Zoologia da USP (Universidade de São Paulo; cidade de São Paulo, SP, Brasil) em 29-11-2019.
Estrutura de sustentação de um cnidário da espécie Meandrina brasiliensis; fotografado na coleção do MZUSP - Museu de Zoologia da USP (Universidade de São Paulo; cidade de São Paulo, SP, Brasil) em 29-11-2019.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Cnidaria
Classe: Anthozoa
Subclasse: Hexacorallia
Ordem: Scleractinia
Subordem: Faviina
Família: Meandrinidae[2]
Género: Meandrina
(Lamarck, 1801)[2]
Espécie: M. brasiliensis
Nome binomial
Meandrina brasiliensis
(Milne Edwards & Haime, 1848)[2]
Sinónimos
  • Ctenophyllia brasiliensis (Milne Edwards & Haime, 1848)[2]
  • Meandrina meandrites brasiliensis (Milne Edwards & Haime, 1848)[2]
  • Meandrina meandrites f. brasiliensis ((Milne Edwards & Haime, 1848))[2]
  • (WoRMS)[2]
    Meandrina braziliensis (sic)[1]

Descrição de sua estrutura e ecologia editar

Segundo texto publicado pela Universidade Federal da Bahia, esta espécie de coral possui colônias com formas aproximadamente hemisféricas e baixas, ou elípticas e alongadas; com duas variações morfológicas característicasː uma livre do substrato, vivendo em águas muito rasas (entre os 2 a 4 metros de profundidade) ou mesmo em profundidades maiores (de 30 a 60 metros); e uma outra forma, fixa no substrato de recifes. Colônias mais profundas possuem os septos mais delicados do que as formas que habitam águas rasas;[4] todas habitando águas limpas e protegidas, com substratos horizontais ou de entulhos de conchas, algas calcárias e pedaços de coral. Seus esqueletos, ou estruturas, têm curtos vales flabello-meandroides com margens onduladas. As suas colônias podem consistir em um vale ou em alguns vales irradiados de seu ponto de crescimento original. Em vida, seus pólipos apresentam coloração castanha ou castanho-amarelada.[7]

Conservação editar

Em 2005, a pedra-de-iemanjá foi classificada como vulnerável na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[8] e em 2018, constou no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) sob a rubrica de "dados insuficiente".[9]

Referências

  1. a b c d «Corais Brasileiros Parte 9 - Meandrina brasiliensis». 6 de outubro de 2016. Consultado em 25 de abril de 2022 
  2. a b c d e f g h i «Meandrina brasiliensis (Milne Edwards & Haime, 1848)» (em inglês). World Register of Marine Species. Consultado em 10 de dezembro de 2019 
  3. «Meandrina brasiliensis» (em inglês). SeaLifeBase. Consultado em 10 de dezembro de 2019 
  4. a b c «Meandrina braziliensis». CPGG-UFBA. Consultado em 10 de dezembro de 2019 
  5. U.S. Army (1974). Draft Environmental Statement, Beach Erosion Control and Hurricane Protection Project, Dade County, Florida (em inglês). Jacksonville, Flórida: U.S. Army Engineer District. Consultado em 10 de dezembro de 2019 
  6. Pinzón, C.; Jorge, H.; Weil, Ernesto (2011). «Cryptic Species Within the Atlantic-Caribbean Genus Meandrina (Scleractinia): A Multidisciplinary Approach and Description of the New Species Meandrina jacksoni». Bulletin of Marine Science - Miami - (em inglês). Consultado em 10 de dezembro de 2019 
  7. «Meandrina brasiliensis (Milne Edwards & Haime, 1848)» (em inglês). Corals of the World. Consultado em 10 de dezembro de 2019 
  8. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  9. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 

Ligações externas editar