Pietro de Cortona

artista e arquiteto do Barroco italiano
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Pietro de Cortona (Cortona, Toscana, 1 de novembro de 1596Roma, 16 de maio de 1669) é como era conhecido Pietro Berettini, arquiteto e artista de sucesso do Barroco italiano. Como pintor, reconhecido por seus afrescos, e como arquiteto, foi um influente contemporâneo dos grandes nomes do Barroco, Caravaggio, Bernini e Borromini.

Pietro de Cortona
Pietro de Cortona
Autorretrat
Nascimento Pietro Berrettini
1 de novembro de 1596
Cortona (Grão-Ducado da Toscana)
Morte 16 de maio de 1669 (72 anos)
Roma (Estados Papais)
Sepultamento Tomb of Pietro da Cortona, Igreja de Santa Martina e São Lucas
Ocupação pintor, arquiteto, contrato de empreitada, desenhista, artista visual
Obras destacadas Caesar Giving Cleopatra the Throne of Egypt, Romulus and Remus Sheltered by Faustulus, Allegory of Divine Providence and Barberini Power
Movimento estético barroco
Túmulo de Pietro da Cortona em Santi Luca e Martina, em Roma.

Biografia

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Pietro nasceu na Cortona, então era parte do Grão-ducado da Toscana, de uma família de artistas. Ele primeiro foi aprendiz de modestos artistas florentinos como Andrea Commodi e Baccio Ciarpi. De acordo com a lenda, suas cópias dos afrescos de Rafael em Roma chamaram a atenção do Cardeal Sacchetti que o levou próximo ao Papa Urbano VIII (Maffeo Barberini) e o ajudou, junto com um sobrinho do papa, a conseguir a empreita de decorar com afrescos a recém-construída, por Bernini, Igreja de Santa Bibiana. Cortona também pintou para o Cardeal Sacchetti grandes telas, hoje na Galeria Capitolina, representando O Sacrifício de Polyxena, O Triunfo de Baco e O Rapto das Sabinas Esteve engajado também na decoração do Castelo Fusano, próximo a Óstia, usando uma equipe na qual se encontrava Andréa Sacchi. Logo o jovem talento foi apoiado pela família Barberini, então agraciada com a púrpura papal.[1][2]

O grande salão do Palazzo Barberini

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Papa Urbano VIII

Em 1633 Pietro de Cortona começou a pintar os afrescos do teto do Palazzo Barberini (hoje a Galeria Nacional de Arte Antiga, em Roma), comissionado pelo Papa Urbano VIII. Completada seis anos depois, o afresco representa uma Alegoria da Divina Providencia e do poder dos Barberini.[1][2]

Os panegíricos extravagantes das trompe l'oeil de Cortona perderam o sabor nestes tempos minimalistas, já que ele foi o precursor dos excessos do rococó, infestado de querubins iluminados de sol. Contrastam com o naturalismo renegado e escuro de Caravaggio e relembram que o estilo Barroco não foi monolítico. Mas no seu tempo foi reconhecido como um dos maiores de sua geração e foi eleito diretor da Academia de São Lucas, em Roma, de 1634 até 1638.[1][2]

Afrescos do Palazzo Pitti

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Apedrejamento de Santo Estevão

Cortona sempre foi patrocinado pela comunidade toscana em Roma, assim não foi surpresa quando recebeu a encomenda de pintar uma série de afrescos na "Galeria Palatina" do Palácio Pitti em Florença, em 1637, quando executou A Idade de Ouro e A Idade de Prata. O Grão-duque Fernando II chamou-o em 1641, para executar obras sobre as idades de bronze e ferro, todas tentando reproduzir as quatro idades clássicas do homem e aproveitando para celebrar a herança dos Médici. Fez também uma série de afrescos com motivos astrológicos.[1][2]

Últimos trabalhos

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Por muitos anos Cortona esteve envolvido na confecção de afrescos na igreja de Santa Maria della Pace, Roma, não acabados. Trabalhou também no Palácio Pamphillj, desde 1920 sede da embaixada do Brasil na Itália.[1][2]

Nos últimos anos se dedicou mais à arquitetura, mas publicou um tratado de pintura (1652). Recusou convites para visitar a França e a Espanha. Envolveu-se ainda numa controvérsia com Andréa Sacchi, sobre o número de figuras apropriadas para uma pintura. Produziu ainda desenhos anatômicos em matrizes que só foram reproduzidas após sua morte, reunidas nas Tabulae anatomicae.[1][2]

Projetos arquitetônicos

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Seu projeto mais importante foi a Igreja de São Lucas, patrono da guilda dos pintores, no Fórum romano, completada em 1664, com seus quatro braços se estendendo do domo central. Também renovou o exterior da antiga igreja de Santa Maria della Pace (1656-1667).[1][2]

Um trabalho muito influente em seus dias foi o projeto e decoração da Villa Pigneto, comissionada por Sacchetti, com sua fachada convexa e elaboradas escadarias.[1][2]

Referências

  1. a b c d e f g h Rendina, Claudio (2000). Enciclopedia di Roma. Rome: Newton Compton.
  2. a b c d e f g h Haskell, Francis (1980). Patrons and Painters; Art and Society in Baroque Italy, 38-40, 60-62.

Ligações externas

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