Ponta Negra (Natal)

Ponta Negra é um bairro nobre da zona sul de Natal, capital do Rio Grande do Norte, no Brasil. Com 24 681 habitantes no último censo, realizado em 2010,[1] é o décimo-primeiro bairro mais populoso da cidade e o segundo da Zona Sul, depois de Lagoa Nova. Banhado pelo Oceano Atlântico a leste, limita-se com o bairro de Capim Macio e o Parque das Dunas a norte; a oeste com o bairro de Neópolis e a sul com o município de Parnamirim.[4] O nome "Ponta Negra" advém da grande quantidade de pedras escuras existentes na praia que dá nome ao bairro,[5] onde se localiza o cartão-postal de Natal, o Morro do Careca. Foi oficializado como bairro pela lei municipal n° 4 327, de 5 de abril de 1993.[4]
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Bairro do Brasil | ||
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Localização | ||
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Unidade federativa | ![]() | |
Região administrativa | Sul | |
Município | ![]() | |
Características geográficas | ||
Área total | 13,82 km² | |
População total (2010) | 24 681 hab. | |
Densidade | 1 786 hab./km² | |
Outras informações | ||
Taxa de crescimento | 0,45% a.a. (2000-2010) | |
Domicílios | 7928 | |
Rendimento médio mensal | 3,03 salários mínimos | |
Limites |
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Fonte: IBGE[1][2]/Prefeitura de Natal[3] |
Uma das primeiras referências históricas locais é a descrição do período da ocupação holandesa, no século XVII, na Cartografia do Rio Grande do Norte. Após a Segunda Guerra Mundial, com a influência norte-americana de banhos de mar, foram iniciadas construções de casas de veraneio e o local passou a ser habitado por pescadores que fundaram a Vila de Ponta Negra.[6] Nos anos 1970, com o asfaltamento da estrada de Ponta Negra, que se transformou na Avenida Engenheiro Roberto Freire, a área começa a receber investimentos privados[7] e, a partir da década de 1980, com a construção da Via Costeira, o turismo local se torna mais significativo.[8] Ao longo dos anos 90 a área emerge como o principal bairro turístico de Natal e passa por uma grande expansão de seu mercado imobiliário, intensificada na década seguinte com a construção de vários condomínios verticalizados.[7][9]
A vida noturna local é bastante valorizada, com seus bares e restaurantes movimentados, que tocam músicas ao vivo em vários estilos, entre os quais axé music, forró, jazz, Música Popular Brasileira (MPB), música latina e rock.[10] Ponta Negra se destaca pelo seu artesanato, em especial no Shopping do Artesanato Potiguar, inaugurado em janeiro de 2005[11] e onde é realizado anualmente o Festival do Turismo, Artesanato e Cultura de Natal.[12] Outros dois pontos de artesanato do bairro são o Centro de Artesanato de Ponta Negra e o Vilarte.[11] Seu padroeiro é São João Batista, festejado no mês de junho.[13]

Referências
- ↑ a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Tabela 608 - População residente, por situação do domicílio e sexo - Sinopse». Consultado em 10 de novembro de 2021
- ↑ IBGE (2010). «Tabela 3219 - Domicílios particulares permanentes, por número de moradores, segundo a situação do domicílio, o tipo de domicílio, a condição de ocupação e a existência de banheiro ou sanitário e esgotamento sanitário». Consultado em 10 de novembro de 2021
- ↑ «Conheça melhor seu bairro: Região Administrativa Sul» (PDF). 2012. Consultado em 15 de novembro de 2021
- ↑ a b «Lei Nº 4.327 de 05 de Abril de 1993» (PDF). Consultado em 10 de novembro de 2021
- ↑ SILVA, 2013, p. 73.
- ↑ BARBOSA, Marcos (27 de agosto de 2019). «Qual é o bairro: Vila de Ponta Negra, em Natal (RN)». Consultado em 10 de novembro de 2021. Cópia arquivada em 26 de novembro de 2020
- ↑ a b FONSECA; SILVA, 2012, p. 6.
- ↑ SILVA, 2007, p. 46.
- ↑ FONSECA; JANOSCHKA, 2018, p. 62.
- ↑ «Vida Noturna em Natal». Consultado em 30 de setembro de 2012. Cópia arquivada em 7 de março de 2007
- ↑ a b «Artesanato». Consultado em 10 de novembro de 2021. Cópia arquivada em 10 de janeiro de 2014
- ↑ «Festival do Turismo, Artesanato e Cultura de Natal segue até 15 de julho». 10 de julho de 2012. Consultado em 10 de novembro de 2021. Cópia arquivada em 3 de fevereiro de 2014
- ↑ MOURA, Milka (24 de junho de 2021). «Fiéis católicos celebram São João Batista nesta quinta-feira (24)». Tribuna do Norte. Consultado em 10 de novembro de 2021
Bibliografia editar
- FONSECA, Maria Aparecida Pontes da; JANOSCHKA, Michael. Turismo, mercado imobiliário e conflito sócioespaciais no Nordeste brasileiro. Sociedade e Território, v. 30, n. 1, p. 51-67, 2018.
- FONSECA, Maria Aparecida Pontes da; SILVA, Kelson de Oliveira. Origem e evolução das residências secundárias no Polo Costa das Dunas/RN. In: IX Seminário da Associação Nacional de Pesquisa e Pós Graduação em Turismo. Turismo e Patrimônio. São Paulo: Editora Aleph, 2012. v. 1.
- SILVA, Ângelo Magalhães. História e produção do espaço da Vila de Ponta Negra-Natal/RN: elementos para uma reflexão sobre o turismo local. Revista Turismo: estudos e práticas, v. 2, n. 1, 2013.
- SILVA, Karina Messias da. O processo de urbanização turística em Natal: a perspectiva do residente. 2007. 128 f. Dissertação (Mestrado em Dinâmica e Reestruturação do Território) - UFRN, Natal, 2007.