Porta Viminal
No centro do trecho mais exposto da Muralha Serviana, na planície entre a Porta Colina e o monte Esquilino, se abria a hoje destruída Porta Viminal (em italiano: Porta Viminale)[1], que, juntamente com a já citada Porta Colina, a Porta Querquetulana e Porta Esquilina, é um dos mais antigos portões conhecidos em todas as muralhas defensivas da Roma Antiga.
Porta Viminal | |
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Trecho da Muralha Serviana na Piazza dei Cinquecento, região onde provavelmente ficava a Porta Viminal. | |
Diagrama da Muralha Serviana com a Porta Viminal (nº 2). | |
Informações gerais | |
Tipo | Portão |
Geografia | |
País | Itália |
Cidade | Roma |
Localização | Região IV - Templo da Paz |
Coordenadas | 41° 54′ 08″ N, 12° 30′ 07,46″ L |
Porta Viminal |
A sua construção remonta a um período muito antigo, cerca de dois séculos antes da construção da muralha republicana em 378 a.C. Aparentemente, os quatro portões originais são da época em que a cidade era governada pelo rei Sérvio Túlio, que incluía, além do território da cidade, outras das sete colinas, como o Quirinal, o Viminal, o Esquilino e o Célio (chamado de "Querquetulano" na época, pois era coberto de florestas de carvalho)[1]. Nesta época, elas faziam parte do primeiro baluarte defensivo da cidade, um muro construído num trecho de 1 300 metros que ligava a Porta Colina à Porta Esquilina, ligadas para defender melhor a parte mais vulnerável da cidade[1]. Um outro indício da antiguidade destes portões deriva, segundo os estudiosos, de seus nomes, que são referências diretas aos locais que eles davam acesso e não adjetivos referentes à monumentos nas proximidades, o que só passou a ocorrer depois que estas áreas foram englobadas no perímetro urbano da cidade.
Muralha Serviana na Estação Termini
editarA Porta Viminal se abria aproximadamente no centro do longo trecho da muralha que fica no centro da Piazza dei Cinquecento (o trecho mais impressionante ainda é visível), do lado direito de quem deixa a Estação Termini[1]. O jardim que circunda a muralha cobre o antigo áger ("aterro") — o leve declive do lado da praça é uma pálida recordação disto — cujo muro de sustentação ainda é visível no subterrâneo do edifício da estação, em frente ao restaurante McDonald's.
Ainda é tema de debate entre os estudiosos qual rua ou ruas para a qual a Porta Viminal dava acesso: há hipóteses sobre a Via Colatina ou a Via Tiburtina ou ainda que ela não se abria para nenhuma via importante. Certamente, a destruição do local, já no período imperial, para a construção das Termas de Diocleciano, depois pelo papa Sisto V para a mudança urbanística no local e, mais recentemente, para a construção da Estação Termini, iniciada depois de 1856, obliteraram não apenas traços não apenas do muro, mas também dos portões (é possível que a Porta Colatina estivesse perto da via del Castro Pretorio ou na área da moderna estação ferroviária) e das vias que se partiam da região. Porém, as obras da Estação Termini tiveram pelo menos o mérito de revelarem os restos das muralhas que, até 1892, estavam enterradas numa pilha de detritos conhecida como "Monte da Justiça" (em italiano: Monte della Giustizia"), o entulho resultante das obras nas Termas de Diocleciano.
Ver também
editarReferências
Bibliografia
editar- Mauro Quercioli: Le mura e le porte di Roma. Newton Compton Ed., Roma, 1982 (em italiano)
- Laura G.Cozzi: Le porte di Roma. F.Spinosi Ed., Roma, 1968 (em italiano)
- Filippo Coarelli: Guida archeologica di Roma. A.Mondadori Ed., 1984 (em italiano)
Ligações externas
editar- «Le porte e le mura serviane» (em italiano). Giardino Venere. Consultado em 28 de agosto de 2015. Arquivado do original em 30 de junho de 2007