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Cervo-do-pantanal

O cervo-do-pantanal (nome científico: Blastocerus dichotomus), também chamado cervo, suaçuetê, suaçupu, suaçuapara e guaçupuçu, é um mamífero ruminante da família dos cervídeos. Ocorria em grande parte das várzeas e margens de rios do centro da América do Sul, desde o sul do rio Amazonas até o norte da Argentina, mas atualmente, a espécie só é comum no Pantanal, no Chaco paraguaio, na bacia do rio Guaporé e na ilha do Bananal. É o maior cervídeo sul-americano podendo pesar até 125 kg e ter até 127 cm de altura. Os machos são um pouco maiores que as fêmeas e possuem chifres que são trocados principalmente no inverno. Os cascos dessa espécie são longos e podem se abrir até cerca de 10 cm, graças à presença de uma membrana interdigital, o que é uma adaptação ao deslocamento em ambientes inundados. O crânio é muito semelhante ao do veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus), e difere principalmente por conta da disposição das órbitas. A IUCN e o IBAMA consideram a espécie como "vulnerável" e no Pantanal o cervo-do-pantanal é abundante, mas em algumas localidades, como no estado de São Paulo, a situação é crítica, e sua área de distribuição geográfica foi radicalmente reduzida a partir do século XX. As principais ameaças são a alteração do habitat por conta da construção de usinas hidrelétricas, as doenças advindas de animais domésticos, como a febre aftosa e a caça, principalmente como troféu. Existem inúmeras unidades de conservação em que ocorre a espécie, e ela foi reintroduzida com sucesso na Estação Ecológica Jataí, em São Paulo.