Primeiro Comando de Vitória

O Primeiro Comando de Vitória (PCV) tem sede no Bairro da Penha, que fica na região conhecida como território do bem, e surgiu em 2010, em um modelo parecido com o Primeiro Comando da Capital (PCC), mas hoje é afiliado ao Comando Vermelho (CV).

Primeiro Comando de Vitória

O número 12 é usado como símbolo do PCV
Local de fundação Penitenciária de Segurança Máxima II, Viana, Espírito Santo, Brasil.
Anos ativo 03 de março de 2010 — presente
Território (s)  Espírito Santo, Brasil.
Atividades Assassinatos, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Aliados CV
Rivais AFC, PCC, TCP

Análises do Centro de Inteligência e Análise Telemática da Polícia Civil (Ciat) identificaram que esse grupo criminoso se articulou com o passar dos anos, mesmo com o trabalho policial de combate ao tráfico de drogas na região.

Entre as principais áreas de atuação da organização, estão os bairros Itararé, Bonfim, Penha e São Benedito. As investigações apontam que há, ainda, ramificação por diversos municípios da Grande Vitória e do Norte do Estado

História editar

A facção foi criada por Carlos Alberto Furtado (Nego Beto) quando foi para um sistema penitenciário federal, com membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo.[1] Foi formado o Estatuto do Primeiro Comando de Vitória datado de 2010 com 10 artigos e, atualmente, tem 33 artigos. O Estatuto do PCV é muito parecido com o da facção paulista. Depois, viraram aliados do Comando Vermelho (CV), no Rio de Janeiro.[2]

Núcleo de Comando Central editar

  • Carlos Alberto Furtado, vulgo Nego Beto
  • João de Andrade, vulgo Joãozinho da 12
  • Itamar Martins Falcão
  • Cleuton Gomes Pereira, vulgo Frajola
  • Gleydson Luiz de Oliveira, vulgo Gleycinho

Estrutura do Primeiro Comando de Vitória editar

  • Comando Central: fica dentro do presídio e avalia as principais determinações da organização. Cada membro tem um voto e juntos decidem a abertura de guerras contra os bairros;
  • Lideranças: cada morro tem uma liderança. A Polícia Civil explica que a ideia é ter um líder local do próprio bairro, em uma espécie de “franquias”. Os membros não pegam em armas, só dão determinações;
  • Gerentes: existem gerentes por localidade, por tipo de droga e por quantidade de material ilícito vendido. Eles gerenciam o tráfico nos bairros;
  • Contenção: conhecidos como “faixa preta”, pegam em armas, cometem os homicídios e têm que defender o bairro;
  • Vapores e visão: os “vapores” são os que efetivamente vendem as drogas e acabam ficando mais expostos às operações policiais, já os do “visão”, são a parte mais baixa da pirâmide do crime, ficam com radiocomunicadores, fazem os foguetórios e não estão dentro da divisão dos recursos, recebendo R$ 120 por uma jornada de 12.[3]

Referências

  1. «Do PCC ao Primeiro Comando de Vitória: como atuam as facções criminosas no ES». Cbnvitoria.com.br. 9 de Agosto de 2022. Consultado em 9 de Agosto de 2022 
  2. «PCV: entenda como funciona a maior organização criminosa do ES». Folhavitoria.com.br. 26 de Agosto de 2022. Consultado em 26 de Agosto de 2022 
  3. «Veja quem é quem na organização do Primeiro Comando de Vitória (PCV)». Agazeta.com.br. Consultado em 19 de Novembro de 2021