Racionalização (psicologia)

Racionalização em psicologia e lógica, é um mecanismo de defesa no qual comportamentos ou sentimentos controversos são justificados e explicados de uma maneira aparentemente racional ou lógica para evitar a verdadeira explicação e então conscientemente sendo considerado tolerável — ou mesmo admirável e superior — por meios plausíveis.[1]É também uma falácia informal de raciocínio.[2]

A racionalização acontece em duas etapas:

  1. Uma decisão, ação, julgamento é feito por uma razão dada, ou nenhuma razão (conhecida).
  2. Uma racionalização é realizada, construindo uma razão aparentemente boa ou lógica, como uma tentativa de justificar o ato após o fato (para si ou para os outros).

A racionalização encoraja comportamentos, motivos ou sentimentos irracionais ou inaceitáveis e freqüentemente, envolve a hipótese ad hoc. Este processo varia de totalmente consciente (por exemplo, para apresentar uma defesa externa contra o ridículo de outros) para principalmente inconsciente (por exemplo, para criar um bloqueio contra sentimentos internos de culpa ou vergonha). As pessoas racionalizam por várias razões - às vezes quando pensamos que nos conhecemos melhor do que nós. A racionalização pode diferenciar a explicação determinista original do comportamento ou sentimento em questão.[3][4]

História editar

Quintiliano e a retórica clássica usavam o termo cor para a apresentação de uma ação na perspectiva mais favorável possível.[5] O termo racionalização foi introduzido no campo da psicanálise pelo neurologista e psicanalista britânico Ernest Jones em 1908. A palavra foi então adotada pelo psicanalista Sigmund Freud para descrever as várias desculpas usadas por seus pacientes para explicarem suas neuroses.[6]

Definição no DSM editar

De acordo com o DSM-IV, a racionalização ocorre "quando o indivíduo lida com conflitos emocionais ou estressores internos ou externos, escondendo as verdadeiras motivações para seus próprios pensamentos, ações ou sentimentos através da elaboração de explicações tranquilizadoras ou auto-suficientes, mas incorretas".[7]

Referências

  1. «Definition of rationalization». Consultado em 25 de setembro de 2011  (em inglês)
  2. Bradley Dowden, Fallacy § Rationalization(em inglês)
  3. Kendra Van Wagner. «Defense Mechanisms – Rationalization». About.com: Psychology. Consultado em 24 de fevereiro de 2008  (em inglês)
  4. «Defenses». www.psychpage.com. Consultado em 11 de março de 2008  (em inglês)
  5. Peter Green trans., Juvenal: The Sixteen Satires "Middlesex 1982) p. 156 (em inglês)
  6. Traci Pedersen, Rationalization, Psych Central. (em inglês)
  7. Association, published by the American Psychiatric (2000). DSM-IV-TR : diagnostic and statistical manual of mental disorders. 4TH ED. ed. United States: AMERICAN PSYCHIATRIC PRESS INC (DC). p. 812. ISBN 978-0-89042-025-6  (em inglês)