O Rally Piocerá ou Cerapió é uma tradicional competição brasileira de rali, que acontece anualmente e tem duração de quatro a sete dias (dependendo da edição) sendo realizada entre os estados do Ceará e do Piauí. O rally carrega esse nome pelo fato dos habitantes da região apelidar a área de Cerapió-Piocerá já que na verdade não se sabe a quem a área pertence se ao Ceará ou ao Piauí em decorrência do Litígio de limites entre Ceará e Piauí. Assim a prova de Rally Cross passou a ser chama de Rally Cerapió quando tem início do Ceará rumo ao Piauí (Cerapió) e no ano seguinte faz o trajeto inverso (Piocerá). e é considerada pela imprensa brasileira especializada, como a melhor prova de regularidade do Brasil.[1][2]

Na edição de 2009, o Rally Piocerá completou 22 anos e fez uma de suas edições mais acirradas até então. Passando por paisagens fantásticas, o Rally Piocerá 2009 fez todos os participantes ficarem boquiabertos com o roteiro traçado para a edição, largando em Teresina com chegada em Fortaleza.[3][4]

Além da competição que envolve carros, caminhões, motos, quadriciclos e UTVs, o Sertões também é conhecido por levar Ação Social e Ambiental para os locais por onde a prova passa. O rali leva uma caravana de quase mil pessoas por edição e movimenta todos os setores da economia das cidades por onde passa.[5]

História editar

A história do Rally Piocerá começa em Abril de 1987 durante uma informal conversa entre o empresário Ehrlich Cordão e o programador Galdino Gabriel. De inicio o rally seria chamado de Enduro da integração, com o intuito de que apenas pilotos dos estados pioneiros Ceará e do Piauí se unissem na pratica do rally de regularidade na Região Norte e Região Nordeste do Brasil. No feriado de 7 de setembro do mesmo ocorreu o primeiro levantamento, cuja planilha apresentada pela comissão de organização do primeiro Cerapió relata que o enduro atravessaria a área de Litígio entre Ceará e Piauí apelidada pelos habitantes da região de Cerapió-Piocerá, Já que de fato não sabiam a quem as terras pertenciam. Foi então que a prova passou a se chamar de Rally Cerapió quando sai do Ceará para o Piauí e Piocerá quando o roteiro é inverso.[6][7]

Roteiros editar

Dos dois estados se destacam os municípios: Fortaleza, Sobral, Crato, Juazeiro do Norte, Iguatu e Crateús (ambos do Ceará) Teresina, Picos, Parnaíba, Piripiri e Castelo do Piauí (Ambos do Piauí)[8][9]

Tecnologia e Segurança editar

Para coordenar uma competição de dez dias e cinco mil quilômetros, passando por estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o que exige uma complexa logística, todos os equipamentos de monitoramento são necessários para garantir o bom andamento da prova com o máximo de garantia e tranquilidade.

E para que o Rally Piocerá transcorra com a maior segurança possível, como tem sido sua marca nos últimos 20 anos, é extensa a lista de equipamentos usados, que vão desde rádios comunicadores a dispositivos de localização via satélite, passando por helicópteros-UTI.

A organização conta com uma extensa rede de comunicação via rádio comandada pelos dois aviões que sobrevoam a prova acompanhando as etapas, e que servem como antena para toda a comunicação necessária durante o evento.

Além dos aviões, mais três helicópteros participam do rali: um para captação de imagens e outros dois para equipe médica, equipados com UTI. Em caso de acidente durante a prova, a primeira comunicação é feita por um dos aviões ou pelo helicóptero de filmagem, que dá suporte e solicita a presença da aeronave equipada com a Unidade de Terapia Intensiva para o resgate de pilotos e navegadores.

Os carros da organização usam três aparelhos de GPS: dos modelos Garmin Montana, Garmin 276 e Garmin 76 CX, um para cada funcionalidade específica, além do próprio aparelho original do carro – uma Mitsubishi L200 Triton.

Além disso e dos rádio comunicadores, as L200 Triton utilizadas por membros da organização e da direção de prova são também equipados com um rastreador Autotrac, que dá toda a localização dos carros via satélite.

Já os veículos de competição contam com odômetro, GPS, rádio comunicador e o Totem Rastro, equipamento que serve como uma espécie de “caixa preta” para os veículos: ele registra todos os dados durante uma etapa da especial; dá a localização por GPS e serve como “dedo-duro” para a direção de prova, pois comprova se o carro, moto, caminhão, quadriciclo ou UTV respeitou ou não as zonas de radar e se andou nas velocidades limites estabelecidas para cada rodovia durante os deslocamentos.[10]

Referências

Ligações externas editar