Relações entre China e Síria
As relações entre China e Síria referem-se as relações exteriores entre a República Popular da China e a República Árabe Síria. As relações diplomáticas entre os dois países foram estabelecidas em 1 de agosto de 1956. A China tem uma embaixada em Damasco e a Síria tem uma embaixada em Pequim.
Relações econômicas
editarA China e a Síria têm relações comerciais significativas. Em 2009, o comércio mútuo entre os dois países foi de cerca de $2.2 bilhões de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional e volumes comerciais similares foram esperados pelo Ministério da Economia da Síria para 2010. O comércio, no entanto, é quase que inteiramente de uma maneira. As exportações da Síria para a China representaram menos de 1% do volume total de comércio em $5.6 milhões, enquanto as exportações da China para a Síria valeram $2.2 bilhões, tornando a China o principal importador da Síria. [1][2][3] A China está ativamente envolvida na indústria do petróleo da Síria. A China National Petroleum Corporation possui um empreendimento conjunto parceiro com a companhia petrolífera nacional da Síria e a Royal Dutch Shell na Al-Furat Petroleum Company, o principal consórcio produtor de petróleo do país. [4] O consórcio Al-Furat produz cerca de 100 mil barris por dia (bpd). [5] A Sinochem Group é outra empresa petrolífera chinesa que tem sido muito ativa em recentes propostas de exploração de petróleo. A CNPC e a Sinopec ajudaram a reviver a produção sob contratos de reabilitação para pequenos campos de petróleo maduros na Síria. [4]
Relações militares
editarEm 1969, o então chefe do Estado Maior Mustafa Tlass liderou uma missão militar a Pequim e garantiu acordos de armas com o governo chinês. [6][7][8] Em um movimento calculado para antagonizar deliberadamente a União Soviética para que esta permanecesse afastada da disputa de sucessão que então acontecia na Síria, Mustafa Tlass permitiu-se fotografar acenando O Livro Vermelho de Mao Zedong, apenas dois meses depois dos sangrentos confrontos entre os exércitos chineses e soviéticos no Rio Ussuri. [9][10]
Em 1991, a China vendeu um reator de fonte de nêutrons em miniatura chamado SRR-1 à Síria. [11] Em 2015, a Síria declarou sua disposição em devolver o urânio à China após o desarmamento de suas armas químicas.[12]
Em 1993 e 1996, a China ajudaria os programas de mísseis balísticos sírios. [13][14]
Em 19 de outubro de 1999, o ministro da Defesa da China, o general Chi Haotian, reuniu-se com o ministro da Defesa da Síria, Mustafa Tlass, em Damasco, na Síria, para discutir a expansão dos laços militares entre a Síria e a China. [15]
Em agosto de 2016, Guan Youfei, Diretor do Gabinete para a Cooperação Militar Internacional da Comissão Militar Central da China, afirmou que: "Os militares chineses e sírios tradicionalmente têm uma relação amigável, e os militares chineses estão dispostos a continuar fortalecendo o intercâmbio e a cooperação com os militares sírios". [16] A China desde o inicio apoia o regime sírio durante a Guerra Civil Síria.
Referências
- ↑ Kassab, Dana (Dezembro de 2010). «Enter the Dragon». Syria Today [ligação inativa][ligação inativa]
- ↑ «Syria: EU Bilateral Trade and Trade with the World» (PDF). European Commission. Consultado em 2 de junho de 2017. Arquivado do original (PDF) em 1 de agosto de 2017
- ↑ «The World Factbook». CIA
- ↑ a b «Factbox - Syria's energy sector». Reuters. 5 de Setembro de 2011
- ↑ Syria, 2010. London: Oxford Business Group. 2010. 103 páginas. ISBN 978-1-907065-16-3
- ↑ Peter Mansfield, Royal Institute of International Affairs. Information Dept (1973). The Middle East: a political and economic survey. [S.l.]: Oxford University Press. p. 480. ISBN 0-19-215933-X
- ↑ George Meri Haddad, Jūrj Marʻī Ḥaddād (1973). Revolutions and Military Rule in the Middle East: The Arab states pt. I: Iraq, Syria, Lebanon and Jordan, Volume 2. [S.l.]: R. Speller. p. 380
- ↑ Europa Publications Limited (1997). The Middle East and North Africa, Volume 43. [S.l.]: Europa Publications. p. 905. ISBN 1-85743-030-1
- ↑ Robert Owen Freedman (1982). The Soviet policy toward the Middle East since 1970. [S.l.]: Praeger. p. 34
- ↑ Robert Owen Freedman (1991). Moscow and the Middle East: Soviet policy since the invasion of Afghanistan. [S.l.]: CUP Archive. p. 40. ISBN 0-521-35976-7
- ↑ «SRR-1 - Facilities». NTI. Consultado em 2 de junho de 2017. Arquivado do original em 20 de outubro de 2015
- ↑ «Syria agrees to return highly enriched uranium to China». Al-Monitor. 22 de Abril de 2015
- ↑ Dinshaw Mistry (2005). Containing Missile Proliferation: Strategic Technology, Security Regimes, and International Cooperation in Arms Control. [S.l.]: University of Washington Press. p. 106. ISBN 0-295-98507-0
- ↑ Anthony H. Cordesman (1999). Containing Iran's military forces in transition: conventional threats and weapons of mass destruction. [S.l.]: Greenwood Publishing Group. p. 262. ISBN 0-275-96529-5
- ↑ "China defense minister visits Israel". Arquivado em 30 de maio de 2012, no Wayback Machine. World Tribune. Thursday, October 21, 1999
- ↑ «China 'to provide aid, enhance military training' in Syria – top army official». RT. 16 de Agosto de 2016
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «China–Syria relations».