República Popular do Congo

estado socialista marxista-leninista extinto


A República Popular do Congo (em francês: République Populaire du Congo) foi um estado socialista auto-declarado marxista-leninista que foi criado em 1969 na República do Congo. Liderado pelo Partido Congolês do Trabalho (em francês: Parti Congolais du travail, PCT), que existiu até 1991, quando o país foi renomeado e o governo do PCT foi eliminado em meio à onda de reformas multipartidárias que varreram a África no início da década de 1990.

République Populaire du Congo
República Popular do Congo

1969 – 1992
Flag Brasão
Bandeira Brasão
Hino nacional
Les Trois Glorieuses


Localização de Congo
Localização de Congo
Continente África
Região África Central
País República do Congo
Capital Brazavile
Governo República Socialista,
estado de partido único Estado comunista
Presidentes Marien Ngouabi
Joachim Yhombi-Opango
Denis Sassou-Nguesso
Período histórico Guerra Fria
 • 1969 Fundação
 • 1992 Dissolução

História editar

A República Popular do Congo foi proclamada em Brazavile, após um golpe de Estado bem sucedido organizado por militantes de esquerda que derrubaram o governo anterior. Marien Ngouabi foi instalado como chefe de Estado e introduziu uma série de políticas comunistas — como a nacionalização dos meios de produção — dois anos após o golpe. Após a abolição da assembleia nacional, Ngouabi formou um partido marxista-leninista conhecido como o Partido Congolês do Trabalho (PCT), que foi o partido único do novo Estado. No entanto, Ngouabi foi assassinado em 1977.

Como os outros estados comunistas africanos, República Popular do Congo compartilhou laços estreitos com a União Soviética.[1] Esta associação se manteve forte após o assassinato de Ngouabi em 1977. No entanto, o governo do PCT também manteve uma relação estreita com a França.[2]

Em meados de 1991, a Conferência Nacional Soberana retirou a palavra populaire ("Popular") do nome oficial do país, ao mesmo tempo, substituindo a bandeira e o hino que a nação havia utilizado durante o governo do PCT. A Conferência Nacional Soberana encerrou o governo PCT, com a nomeação de um primeiro-ministro de transição, André Milongo, que foi investido com poderes executivos. O presidente Denis Sassou Nguesso foi autorizado a permanecer no cargo em caráter cerimonial durante o período de transição.[3]

Referências

  1. Timeline: Republic of the Congo
  2. John F. Clark, "Congo: Transition and the Struggle to Consolidate", in Political Reform in Francophone Africa (1997), ed. John F. Clark and David E. Gardinier, page 65.
  3. Clark, "Congo: Transition and the Struggle to Consolidate", page 69.