Reserva Biológica Culuene

Reserva biológica no Brasil

A Reserva Biológica do Culuene é uma reserva biológica do estado de Mato Grosso, Brasil. Protege uma área de floresta de cerrado em contato com floresta estacional caducifólia na margem esquerda (oeste) do rio Culuene.

Reserva Biológica do Culuene
Categoria Ia da IUCN (Reserva Natural Estrita)
Localização
País Brasil
Estado Mato Grosso
Município Paranatinga
Dados
Área 3 900 ha
Criação 10 de janeiro de 1989 (35 anos)
Coordenadas 13° 49' 16" S 53° 17' 44" O
Reserva Biológica do Culuene está localizado em: Brasil
Reserva Biológica do Culuene
Localização da Reserva Biológica do Culuene no Brasil

Localização editar

A Reserva Biológica do Culuene fica no município de Paranatinga, Mato Grosso. Possui uma área de 3 900 hectares.[1] A reserva é limitada pelo rio Culuene a leste e pelo riacho Rio Grande a oeste. Fica na bacia do Rio Xingu.[2]

História editar

A reserva abrange parte da antiga Gleba Pantanalzinho.[2] A Reserva Ecológica Estadual do Culuene foi criada pelo decreto estadual 1.387, de 10 de janeiro de 1989, com área de 3 900 hectares. O objetivo era preservar a fauna e a flora devido aos altos níveis de desmatamento, principalmente nas cabeceiras e margens dos rios, e impedir a mineração descontrolada que causava o assoreamento dos rios.[3]

Pela portaria 723, de 26 de setembro de 2011, a categoria foi alterada e a unidade de conservação passou a ser Reserva Biológica Estadual do Culuene.[3] Em setembro de 2013 existia um gestor da Reserva Biológica do Culuene e da Estação Ecológica do Rio Ronuro, e dois agentes das duas unidades de conservação.[4] A SEMA/MT informou que os planos de proteção das duas unidades estão em revisão.[5] A Portaria 622, de 15 de dezembro de 2014, criou o conselho consultivo.[3] Em junho de 2015, a regularização da propriedade da terra estava concluída, mas a reserva ainda não tinha um plano de gestão.[2]

Ambiente editar

A Reserva Biológica do Culuene fica no centro do cerrado brasileiro. A vegetação é de cerrado arborizado aberto, com e sem mata de galeria, em área de contato entre cerrado, floresta estacional e floresta estacional semidecídua. A fauna inclui o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), queixada (Pecari tajacu), paca-de-várzea (Cuniculus paca), capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), onça-pintada (Panthera onca) e aves como o pato-almiscarado (Cairina moschata), a garça-real (Ardea alba), arara-de-asa-verde (Ara chloropterus) e tucano-toco (Ramphastos toco).[2]

As principais ameaças são as queimadas, as pressões causadas pela expansão da fronteira agrícola, a contaminação do rio por agrotóxicos e a intrusão das propriedades privadas que circundam a reserva. É influenciada pela pequena hidrelétrica Paranatinga II, no rio Culuene.[2] Uma análise de 2009 das unidades de conservação em Mato Grosso classificou a Reserva Ecológica do Culuene como tendo importância biológica relativamente baixa.[6] A reserva e a Estação Ecológica Rio Ronuro estiveram sujeitas a elevados níveis de ameaças e pressões em comparação com outras.[7] A reserva foi classificada como a menos eficazmente administrada entre as áreas totalmente protegidas, exceto parques, no estado.[8]

Referências

  1. REBIO do Culuene – ISA, Informações gerais.
  2. a b c d e REBIO do Culuene – ISA, Características.
  3. a b c REBIO do Culuene – ISA, Historico Juridico.
  4. Lima 2015, p. 25.
  5. Lima 2015, p. 34.
  6. Onaga & Drumond 2009, p. 29.
  7. Onaga & Drumond 2009, p. 35.
  8. Onaga & Drumond 2009, p. 40.

Fontes editar