Resistência Verde

Resistência Verde[1][2] ou lealistas gaddafistas refere-se ao movimento de resistência líbio lealista ao governo deposto de Muammar Gaddafi, que foi morto em outubro de 2011.

Bandeira do governo deposto de Muammar Gaddafi, usado como um símbolo pelos lealistas.

A simpatia por Gaddafi e seu governo deposto é vista de forma altamente negativa pelas atuais autoridades líbias - tanto pelo governo legal quanto pelas milícias extralegais - e partes da sociedade após a Guerra Civil Líbia de 2011. Em maio de 2012, o governo democraticamente eleito do pós-guerra aprovou uma legislação impondo penalidades severas para qualquer pessoa que desse publicidade favorável a Gaddafi, sua família, seu regime ou ideias, bem como qualquer coisa que denigra o novo governo e suas instituições ou seja julgada prejudicial à moral pública.[3] Pejorativamente chamados de tahloob ("algas") pelos líbios anti-Gaddafi[4], os lealistas suspeitos enfrentaram uma forte perseguição após a guerra. Possivelmente até 7 mil soldados lealistas, assim como civis acusados de apoio a Gaddafi, foram detidos em prisões do governo. A Anistia Internacional relatou tortura em grande escala e outros maus-tratos e execuções, daqueles percebidos como inimigos do novo governo.[5][6][7][8]

O Movimento Popular Nacional Líbio foi organizado no exílio em 15 de fevereiro de 2012 (o primeiro aniversário dos protestos que levaram à guerra civil) por antigos oficiais do governo de Gaddafi. O partido, proibido de participar das eleições líbias, também pode ter cultivado ligações com grupos armados pró-Gaddafi na Líbia. Declarações do partido às vezes aparecem em sites afiliados com a chamada "Resistência Verde" (em referência a bandeira unicolor da Era Gaddafi), um termo usado às vezes por simpatizantes para se referir aos grupos militantes pró-Gaddafi.[9][1][10]

Ver também editar

Referências

  1. a b Nkrumah, Gamal. «Libya's apocalyptic slough». Al-Ahram Weekly. The Chairman of Libya's National Transitional Council (NTC) Mustafa Abdel-Jalil urged the fighters who took part in the elimination of Gaddafi and his henchmen to hand over their weapons to the official security apparatus that the NTC is trying to construct out of the ashes of Gaddafi's battlefronts. For instance, the militias of the western mountain stronghold Zintan claimed to have captured members of Gaddafi loyalists associated with the underground movement called the Green Resistance. 
  2. «Libyan government calls on "Militias" to oppose reemerging Green Resistance». nsnbc international. 22 de janeiro de 2014. Consultado em 6 de abril de 2018. Arquivado do original em 7 de abril de 2018 
  3. «Libya grants immunity to 'revolutionaries'». Alarabiya.net 
  4. Frykberg, Mel (14 de Agosto de 2012). «Gaddafi Loyalists Up In Arms». Inter Press Service 
  5. «Libya: al-Gaddafi loyalists at risk of 'revenge' death sentences | Amnesty International». Amnesty.org 
  6. «Libyan rebels detaining thousands illegally, Ban Ki-moon reports | World news». The Guardian 
  7. «Plight of foreigners in Libya "worse than under Qaddafi" claims Amnesty International». Libya Herald 
  8. «'Libya militias, army torturing detainees'». timesofmalta.com. 27 de janeiro de 2012 
  9. «Gaddafi supporters outside Libya form new grouping». BBC. 17 de fevereiro de 2012 
  10. Green Libyan flags are waving once again - Interview. The Voice of Russia. 2014-01-22.