Nota: Para outros significados, veja Taperoá.

O rio Taperoá é um curso d'água brasileiro que banha o estado da Paraíba. O rio, que deu nome ao município homônimo, nasce na Serra do Teixeira e, após percorrer os municípios de Taperoá, Parari, São João do Cariri e Cabaceiras, deságua no Açude Epitácio Pessoa, que represou o Paraíba.[1]

Rio Taperoá
Comprimento 436 km
Nascente Serra do Teixeira
Foz Açude Epitácio Pessoa
Área da bacia 5.686,37 km²
País(es)  Brasil

História editar

No livro Os alicerces de Campina Grande (1697–1864) há a seguinte citação sobre a descoberta de suas cabeceiras:

O capitão-mor Teodósio de Oliveira Lêdo parece ter sido o primeiro homem civilizado a subir o rio Taperoá. É provável que, tendo se aproximado das cabeceiras desse rio, na Serra do Pico, descesse ao norte (...) e pelas margens do rio da Farinha, seguisse o Espinharas chegando até [a região de] Piranhas.[2]

Até ao século XIX o Taperoá era denominado de Unebatucu.[3]

Geografia editar

O rio Taperoá é um dos principais afluentes do Rio Paraíba[4], com a sua bacia hidrográfica de mais de 5 mil km² e mais de 200 mil habitantes residindo ao longo do seu percurso em que percorre altitudes modestas, onde geralmente variam entre 500 e 300 metros acima do nível do mar, e podem ser observadas em margens uma vegetação de Caatinga hiperxerófila ao longo de todo o seu percurso.[5]

Pluviometria editar

As quatro cidades cortadas pelo rio Taperoá apresentam pluviometria por volta de 500mm anuais ou menos, com tendência de diminuição da média pluviométrica conforme o rio percorre o seu leito e vai diminuindo a altitude.[5]

Dados climatológicos para Taperoá
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Precipitação (mm) 34,1 83,1 134,9 109,7 50,5 28,2 20,1 7,5 2,4 4,7 10,6 26,1 493,5
Fonte: Departamento de Ciências Atmosféricas.[6]

Referências

  1. DA SILVA,, Marcela Alves; DANTAS, José Carlos; DA SILVA, Richarde Marques (2015). «Modelagem Distribuída da Vazão e Produção de Sedimentos na Bacia do Rio Taperoá-PB.». Consultado em 14 de março de 2022 
  2. CÂMARA, Epaminondas. Os alicerces de Campina Grande: esboço histórico-social do povoado e da vida (1697–1864). [S.l.]: Oficinas Gráficas da Livraria Moderna. 110 páginas 
  3. ANDRADE, Robéria L.V. (2011). Um olhar sobre o cariri ocidental paraibano: mapa das bibliotecas p[ublicas municipais. [S.l.]: UFPB-CSSA-DCI. 115 páginas 
  4. SUDEMA (1988). «Enquadramento de Corpos d'Águas na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba» (PDF). Consultado em 14 de março de 2022 
  5. a b FRANCISCO, Paulo Roberto Megna; et al. (2013). «Modelo de mapeamento da deterioração do Bioma Caatinga da Bacia Hidrográfica do Rio Taperoá, PB.». Consultado em 14 de março de 2022 
  6. a b «Precipitação Mensal». Departamento de Ciências Atmosféricas. 1911–1990. Consultado em 13 de julho de 2018. Cópia arquivada em 11 de junho de 2014 
  7. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). «Dados Climatológicos do Estado da Paraíba». Consultado em 10 de novembro de 2017