Rui Couceiro (Porto, 1984) é um editor e escritor português. Está à frente da editora Contraponto, do Grupo Bertrand, e é autor do romance «Baiôa sem Data Para Morrer», vencedor do Prémio Literário Manuel de Boaventura 2023 e finalista do Prémio PEN Club de Narrativa 2023.

Biografia editar

Cresceu em Espinho, onde praticou voleibol, no Sporting Clube de Espinho, clube pelo qual se sagrou campeão nacional em todos os escalões de formação. Disse em várias entrevistas que o desporto foi a sua principal escola. É licenciado em Comunicação Social, mestre em Ciências da Comunicação e pós-graduado em Estudos Culturais. Trabalhou numa rádio local, estagiou na SIC e foi correspondente da LUSA, antes de ingressar, em 2006, na área editorial. Começou por ser assessor de comunicação e coordenador cultural da Porto Editora, até 2016, altura em que assumiu funções de editor na Bertrand Editora, tendo desde então a seu cargo a chancela Contraponto. Em 2018, reatou colaborações com a comunicação social: primeiro, partilhou com a escritora Filipa Martins a autoria e apresentação do programa «A Biblioteca de», na rádio Renascença; atualmente, escreve para a revista Visão.[1] É, desde 2021, membro do Conselho Cultural da Fundação Eça de Queiroz.[2]

Abandonou uma tese de doutoramento em Estudos Culturais, para escrever o seu primeiro romance, intitulado «Baiôa Sem Data Para Morrer» (Porto Editora, 2022), distinguido em julho de 2023 com o Prémio Literário Manuel de Boaventura[3] e finalista do Prémio PEN Club de Narrativa 2023, e que o escritor argentino Alberto Manguel considerou "um romance tão perfeito, tão maravilhosamente escrito, com uma originalidade tal, que eu não acredito que seja o seu primeiro romance. Recordou-me uma literatura universal, como o romance do grande Juan Rulfo, «Pedro Páramo»". E manifestou a intenção "de ser o porta-voz deste livro no mundo inteiro, porque se este livro fosse um livro americano ou alemão já haveria mil editores no mundo inteiro a querer traduzir e publicá-lo". O também escritor português Valter Hugo Mãe considerou-o "uma estreia impressionante" e também "fulgurante, viciante, comovente, inesperado".[4] João de Melo, também escritor português, disse tratar-se de um livro espantosamente belo, sempre bem escrito e tão inovador no seu imaginário de ficção, quanto no desafio da história por ele narrada", capaz de "projetá-lo de imediato para o grande futuro da literatura", e salientou ter "um narrador que nos inventou um novo realismo espiritual (nada de neorrealismo, nem de realismo mágico ou fantástico tout court, mas dele não excluído) com um soberbo e atroz talento que maravilha o leitor".[carece de fontes?]

Referências

  1. «Visão | Rui Couceiro». Visão. Consultado em 28 de agosto de 2023 
  2. Editora, Porto. «Rui Couceiro». livraria Wook 
  3. «Prémio Literário Manuel de Boaventura para Rui Couceiro». Jornal de Notícias. Consultado em 27 de agosto de 2023 
  4. Mãe, Valter Hugo. «A estreia dos amigos». Revista Notícias Magazine 

Ligações externas editar