Sangramento no início da gravidez

O sangramento no início da gravidez refere-se ao sangramento vaginal que ocorre antes das 24 semanas de idade gestacional (durante o primeiro e segundo trimestres).[2] Se o sangramento for intenso, pode levar a choque hemorrágico.[1] A preocupação com o choque aumenta se houver perda de consciência, dor no peito, falta de ar ou dor nos ombros.[1]

Sangramento no início da gravidez
Especialidade Obstetrícia
Causas Gravidez ectópica, ameaça de aborto espontâneo, perda gestacional, sangramento de implantação, doença trofoblástica gestacional, pólipos/pólipos cervicais, câncer cervical[1][2]
Método de diagnóstico Normalmente inclui: exame ginecológico, ultrassom, Gonadotrofina coriônica humana/hCG[1]
Tratamento Depende da causa principal[1]
Frequência ~30% das gestações[1]
Classificação e recursos externos
CID-11 224131129
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Entre as causas comuns de sangramento no início da gravidez encontram-se gravidez ectópica, ameaça de aborto espontâneo e perda gestacional.[1] [2] A maioria dos abortos espontâneos ocorre antes das 12 semanas de gestação.[2] Outras causas são sangramento de implantação, doença trofoblástica gestacional, pólipos e câncer cervical.[1] [2] Os métodos diagnósticos para determinar a causa principal geralmente envolvem exame ginecológico, ultrassom e hCG.[1]

O tratamento depende da causa principal.[1] Se na abertura cervical for possível visualizar algum tecido, este deve ser removido.[1] Naquelas mulheres em que a gravidez ocorre no útero e que apresentam sons cardíacos fetais, a espera vigilante geralmente é adequada.[3] A imunoglobulina anti-D é geralmente recomendada para mulheres com Rh negativo.[4] Em casos raros pode ser necessária cirurgia.[1]

Aproximadamente 30% das mulheres têm sangramento no primeiro trimestre (0 a 12 semanas de idade gestacional).[1] O sangramento no segundo trimestre (12 a 24 semanas de idade gestacional) acontece com menos frequência.[5] Aproximadamente 15% das mulheres que descobrem estar grávidas têm um aborto espontâneo.[1] A gravidez ectópica ocorre em menos de 2% das gestações.[1]

  1. a b c d e f g h i j k l m n o Breeze, C (Maio 2016). «Early pregnancy bleeding.». Australian Family Physician. 45 (5): 283–6. PMID 27166462 
  2. a b c d e Stables, Dorothy; Rankin, Jean (2010). Physiology in Childbearing: With Anatomy and Related Biosciences (em inglês). [S.l.]: Elsevier Health Sciences. ISBN 978-0702044113. Consultado em 5 de maio de 2020. Cópia arquivada em 28 de agosto de 2021 
  3. Deutchman, M; Tubay, AT; Turok, D (1 de junho de 2009). «First trimester bleeding.». American Family Physician. 79 (11): 985–94. PMID 19514696 
  4. Coppola, PT; Coppola, M (Agosto 2003). «Vaginal bleeding in the first 20 weeks of pregnancy.». Emergency Medicine Clinics of North America. 21 (3): 667–77. PMID 12962352. doi:10.1016/S0733-8627(03)00041-5 
  5. Beebe, Richard; Myers, Jeffrey (2010). Professional Paramedic, Volume II: Medical Emergencies, Maternal Health & Pediatrics (em inglês). [S.l.]: Cengage Learning. ISBN 9781285224909. Consultado em 5 de maio de 2020. Cópia arquivada em 28 de agosto de 2021