Santo António de Tana (fragata)

fragata à vela da Marinha Portuguesa

A Fragata Santo António de Taná foi uma fragata portuguesa do século XVII, construída na Índia, que terá operado no Oceano Índico durante dezassete anos.

Santo António de Tana
   Bandeira da marinha que serviu
Construção ? na Índia
Lançamento 1680
Patrono Santo António
Período de serviço 1589 - 1592
Estado Naufragado
Destino Naufrágio
Características gerais
Deslocamento ? t (máximo)
Comprimento 39-40 m
Boca 9,65-11,30 m
Armamento 50 peças de artilharia
Tripulação 700 homens

Caracteristicas editar

  • Artilharia: 50;
  • Comprimento: 39/40 metros;
  • Boca: entre 9,65 e 11,30 metros

História editar

Em Dezembro de 1680 a fragata iniciou a sua carreira como um dos poucos navios de linha a operar no oceano Índico. Segundo fontes documentais terá operado durante dezassete anos de carreira.

Operou principalmente no oceano Índico com pelo menos uma viagem de ida e de volta até Lisboa.

Em Novembro de 1696 a fragata exercia funções de Nau Capitânia num esquadrão de socorro do oceano Índico. Comandada pelo capitão Domingues Pereira de Gusmão, a esquadra tinha instruções para fornecer reforços e abastecimentos ao Forte São Jesus em Mombaça, no actual Quénia.

No dia 20 de Outubro de 1697, ancorada junto ao forte, a fragata perdeu os cabos de amarração, e como resultado terá ficado à deriva, até que encalhou junto a uma bateria inimiga ficando sob fogo constante. Segue-se uma luta intensa entre os portugueses e omanitas pelo controle da fragata. Valeu-lhe uma sortida comandada pelo capitão José Pereira de Brito que tomou conta das paliçadas imediatamente acima da bateria inimiga. Com a posição táctica que favorecia aos portugueses as tropas omanitas não tiveram alternativa se não a de se retirarem e permitir o salvamento da fragata. A fragata é entretanto rebocada para junto da protecção da artilharia do forte e inspeccionada. Constatou-se então a existência de danos extensos à quilha e ao casco. Sob ordens do rei para não se perder nenhum dos navio de grande porte e completamente consciente do número reduzido de navios de guerra a operar na área, o General Sampaio de Melo foi relutante em ordenar o abandono da fragata. Seguiu-se um concelho de oficiais e homens bons para determinar o destino da mesma. Tomou-se a decisão de afundar o navio após o salvamento dos seus conteúdos. A quantidade de artefactos ainda depositados no naufrágio permite supor que essa operação não foi terminada antes do seu afundamento.

Em 1960 dois mergulhadores identificam os restos do navio.