Sebastia (Palestina)

 Nota: Para outras cidades chamadas de "Sebaste" ou "Sebastia", veja Sebaste.

Sebastia (em árabe: سبسطية, Sebastiya; em grego: Σεβαστη, Sebastē em latim: Sebaste) é uma pequena cidade na Palestina, com cerca de 5 000 habitantes,[2] localizada na província de Nablus, na Cisjordânia, cerca de 12 quilômetros a noroeste da cidade de Nablus.[3]

Sebastia

سبسطية , Sebastiya , Sebaste

  Cidade antiga  
Horizonte de Sebastia
Horizonte de Sebastia
Localização
Sebastia está localizado em: Territórios Palestinos
Sebastia
Localização de Sebastia na Palestina
Coordenadas 32° 16′ 34″ N, 35° 11′ 43″ L
País  Palestina
Província Nablus
Administração
prefeito Ma’amun Harun Kayed[1]
Características geográficas
Área total 4,8 km²
População total (2007) 4 114 hab.
Densidade 857,1 hab./km²
Sítio www.sabastiya.org.ps
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Sebastia

É um dos assentamentos humanos contínuos mais antigos de que se tem conhecimento, tendo sido ocupada sucessivamente nos últimos 10 000 anos pelos canaanitas, israelitas, gregos, romanos, bizantinos e árabes.

É conhecida por conter ruínas romanas, bem como por ter sido o local de enterro de São João Batista. O túmulo do apóstolo em Sebastia é até hoje local de peregrinação para cristãos e muçulmanos.[4]

História e arqueologia

editar

Em Sebastia estão diversos locais de importância arqueológica.[5] A antiga Sebaste na Samaria está localizado logo acima da área habitada da vila moderna, no declive oriental das montanhas vizinhas.[6] As ruínas dominam a região à beira dos montes e compreendem os restos de pelo menos seis culturas que ocuparam o local sucessivamente nos últimos 10 000 anos: os canaanitas, os israelitas, os helenos, os herodianos, os romanos e os bizantinos.[7]

A cidade foi destruída por Alexandre, o Grande, em 331 a.C., e foi novamente arrasada por João Hircano em 108 a.C..[8] Pompeu reconstruiu a cidade em 63 a.C. e, em 27 a.C., Augusto a deu para Herodes, o Grande. O novo dono expandiu e renovou a cidade, rebatizando-a de "Sebaste" (que significa "Augusto"), em homenagem ao imperador romano.[8] Herodes também fez com que seus dois filhos, Alexandre e Aristóbulo, fossem levados para Sebaste e estrangulados em 7 a.C. após um julgamento em Berito (com a permissão de César).[9]

Sebastia também é mencionada nas obras de Iacute de Hama (1179–1229), um geógrafo sírio que a situou como parte da província filistina de Jerusalém, localizada a dois dias de viagem da cidade, no distrito de Nablus. Ele também escreveu "Estão ali as tumbas de Zacarias (Zacarias) e Iáia, o filho de Zacarias (João Batista), e a de muitos profetas e homens-santos".[10]

Na moderna Sebastia, a principal mesquita da vila, conhecida como Mesquita de Nabi Iáia, está localizada sobre os restos da catedral cruzada, à beira da praça principal.[6] Estão ali também tumbas reais do Império Romano[5] e uns poucos edifícios medievais, ao passo que existem lá diversos outros prédios da época do Império Otomano, preservados em bom estado de conservação.[6]

Referências

  1. Municipalities Arquivado em 21 de fevereiro de 2007, no Wayback Machine. Nablus Municipality
  2. 2007 PCBS Census. Palestinian Central Bureau of Statistics. p.110.
  3. «Nablus». Consultado em 14 de setembro de 2007 [ligação inativa]
  4. «Shavei Shomron's buffer zone legalized by Israel's supreme court». Applied Research Institute Jerusalem. 1 de julho de 2006. Consultado em 15 de setembro de 2007 
  5. a b United Nations Development Programme (23 de abril de 2003). «Spain helps restore Sebastia, Palestinian town with historic sites». United Nations. Consultado em 14 de setembro de 2007 [ligação inativa] 
  6. a b c Michael Hamilton Burgoyne and Mahmoud Hawari (19 de maio de 2005). «Bayt al-Hawwari, a hawsh House in Sabastiya». Council for British Research in the Levant, London. Levant. 37: 57–80. Consultado em 14 de setembro de 2007 
  7. «Holy Land Blues». Al-Ahram Weekly. 5–11 de janeiro de 2006. Consultado em 14 de setembro de 2007. Arquivado do original em 11 de março de 2006 
  8. a b Sebaste, Holy Land Atlas Travel and Tourism Agency.
  9. Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas 16.11.7
  10. LeStrange, 1890, p. 522.

Bibliografia

editar