Secretária (Assédio Sexual)

"Secretária (Assédio Sexual)" é uma canção do cantor e compositor brasileiro Amado Batista, lançada em 2001 como parte do álbum Amor..., distribuído pela Warner Music Brasil. Escrita por José Teixeira de Paula Irmão, se tornou um dos maiores sucessos do cantor e também alvo de uma longa disputa judicial.

"Secretária (Assédio Sexual)"
Canção de Amado Batista
do álbum Amor...
Lançamento 2001 (2001)
Formato(s) CD
Duração 4:16
Gravadora(s) Warner Music Brasil
Composição José Teixeira de Paula Irmão
Produção Amado Batista
Faixas de Amor...
  1. "Secretária (Assédio Sexual)"
  2. "Deusa Nua"
  3. "Meu Doce Amor"
  4. "Estou Sonhando"
  5. "Não Aguento Mais Essa Novela"
  6. "Sem Você"
  7. "Pensando em Nós"
  8. "Que Bom Seria"
  9. "Seus Olhos"
  10. "Tenha Certeza"
  11. "Relembrando Nosso Amor"
  12. "Amado@.Com"
  13. "Olhos Verdes"
  14. "Desencontro do Amor"

Composição editar

A música foi escrita pelo compositor paraibano José Teixeira de Paula Irmão e registrada na Ordem dos Músicos do Brasil em 1996. A Warner Music Brasil, no entanto, tomou conhecimento da música como composição de José João Teixeira e a revendeu para a Sony Music, até Amado Batista gravá-la.[1]

Lançamento e legado editar

"Secretária (Assédio Sexual)" foi lançada como faixa de abertura e principal música do álbum Amor..., em 2001.[2] Até 2002, o projeto já tinha vendido mais de 100 mil cópias, o que fez com que fosse certificado com disco de ouro pela Pro-Música Brasil.[3] Apesar disso, a música também recebeu críticas por sua temática em torno do assédio sexual.[4]

Um ano após ser lançada, o compositor original da canção, José Teixeira de Paula Irmão, entrou num processo judicial contra Amado Batista, a Warner e a Sony, alegando que a canção seria um plágio e que o cantor não teria tido autorização para gravá-la.[1] A gravadora e o cantor, por sua vez, foram absolvidos do suposto plágio na segunda instância do Tribunal de Justiça da Paraíba. Depois de recursos, em 2010, o Tribunal de Justiça da Bahia analisou que Amado Batista e a sua gravadora deveriam pagar R$ 500 mil a José Teixeira de Paula Irmão pela canção. Em 2016, por sua vez, a Sony entrou com um recurso contra a condenação.[5][6]

Em consequência, o álbum Amor... foi lançado nas plataformas digitais sem "Secretária", sendo encontrada apenas nas versões físicas do álbum já comercializadas.[7] Mesmo se tornando um dos principais sucessos de Amado Batista na década de 2000, a canção foi ignorada no repertório de todos os trabalhos comemorativos e ao vivo do cantor, como É o Show (2004)[8] e 44 Anos (2020).[9]

Em 2022, mesmo indisponível nas plataformas digitais, "Secretária (Assédio Sexual)" se tornou um viral no aplicativo TikTok.

Referências

  1. a b «Segunda Cível volta a analisar processo de Amado Batista, Sony e Warner Music, e desembargador pede vista». Tribunal de Justiça da Paraíba. Consultado em 27 de dezembro de 2022 
  2. «Amao Batista». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 27 de dezembro de 2022 
  3. «Amado Batista». Pro-Música Brasil. Consultado em 27 de dezembro de 2022. Cópia arquivada em 27 de dezembro de 2022 
  4. «Já reparou? Dez músicas que apoiam e estimulam o assédio sexual». IG. Consultado em 27 de dezembro de 2022 
  5. «STJ analisa recurso da Sony sobre plágio em álbum de Amado Batista». O Globo. Consultado em 27 de dezembro de 2022 
  6. «Amado Batista pode ter de pagar 2 milhões a autor de hit». Veja. Consultado em 27 de dezembro de 2022 
  7. «Amor... de Amado Batista». Apple Music. Consultado em 27 de dezembro de 2022 
  8. «É o Show (Ao Vivo) de Amado Batista». Apple Music. Consultado em 27 de dezembro de 2022 
  9. «Amado Batista 44 Anos de Amado Batista». Apple Music. Consultado em 27 de dezembro de 2022