Sistema de pré-esforço orgânico

A extraordinária eficiência de algumas soluções estruturais encontradas na Natureza pode ajudar engenheiros de estruturas a desenvolver novos conceitos, tais como o Sistema de Pré-esforço Orgânico, também designado por tecnologia OPS.[1]

No mundo das bio-estruturas existe uma imensa variedade de soluções estruturais. No entanto, até agora, não existia qualquer elemento estrutural em engenharia de estruturas que se comportasse como um músculo.[2]

O músculo é um elemento com uma rigidez variável conseguida pelo fornecimento de energia. Por este motivo, o músculo - ou qualquer sistema efector - pode ser considerado um elemento estrutural com a capacidade de modificar a força de uma estrutura, melhorando convenientemente o seu rendimento durante acções específicas.[3]

O Sistema de Pré-esforço Orgânico é um bom exemplo de sistema efector. O OPS resulta de um pré-esforço “optimizado”, na medida em que são evitadas as forças permanentes não desejadas, reduzindo consideravelmente as perdas de tempo associadas ao pré-esforço.[4]

O sistema OPS permite, assim, desenhar estruturas mais leves e esbeltas com os mesmos materiais estruturais, designadamente os cimbres autolançáveis para a construção de pontes.[5]

Resumidamente, o OPS é um sistema de pré-esforço no qual a tensão aplicada é ajustada automaticamente às cargas actuantes, através de um sistema de controlo que permite a redução de deformações e minimização de tensões.

Referências

  1. Cristino, Pedro. O engenho que poderá revolucionar a construção de pontes de betão, Construir, Portugal, 29 Julho 2010.
  2. Lopes, Teixeira. FEUP desenvolve sistema revolucionário, Focus, Portugal, 06 Julho 2005.
  3. Pinto, Luisa. Pontes com músculos, [[Público (jornal)|]], Portugal, 18 Julho 2005.
  4. Cardoso, Margarida. Pontes musculadas, Expresso, Portugal, 29 Maio 2010.
  5. Malta, João Carlos. BERD cria músculo nas pontes do mundo para duplicar vendas, Jornal de Negócios, Portugal, 10 Maio 2010.