Sumi-ê
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Sumi-ê (em japonês: 墨絵), Suiboku-ga (em japonês: 水墨画)[1] ou Shuimohua (chinês tradicional:水墨畫)[2] é uma técnica de pintura oriental que surgiu na China no século II da era cristã.[3] Da China o sumi-ê foi levado ao Japão onde tornou-se mais difundido. A palavra tem raiz japonesa e significa pintura com tinta.[4]
Seu conceito não tem ligação com a pintura praticada no ocidente. Primeiro porque a arte do sumi-ê é uma mistura de desenho com elementos de caligrafia, que também é uma arte para os orientais. Segundo, porque o artista deve passar sua mensagem de modo resumido e sem equívocos. Daí dizer-se que é a arte do essencial. Talvez para atingir essa simplicidade que o sumi-ê é basicamente monocromático.
Assim como o desenho, o material usado pelo artista é bem limitado: pincéis, uma tinta especial parecida com o nanquim e papel artesanal à base de arroz.
O aluno começa o aprendizado com os desenhos mais simples, quase sempre bambus. O modo de segurar o pincel e o gesto de colocar a tinta no papel deve conter um delicado equilíbrio entre a pressão da pincelada, e a maior ou menor quantidade de tinta.
Trata-se de uma arte que exige, após muito treino, grande habilidade e concentração. É por isso que poucos atingem o estágio de mestre.
A representação do tema importa menos do que a composição do trabalho. Na composição, que segue regras bastante rígidas, o artista revela sua alma, a elegância do traço e principalmente a harmonia que deve existir no seu interior.
No Brasil, provavelmente o introdutor da arte do sumi-ê foi Massao Okinaka. Por muitos anos manteve classes de alunos interessados em aprender essa técnica tão antiga, mas absolutamente nova para os ocidentais.
Referências
- ↑ «Sumiê - a arte em preto-e-branco». Made In Japan. 2 de março de 2006. Arquivado do original em 30 de setembro de 2015
- ↑ Sylvia McCleary (25 de junho de 2012). «Celebrando o outono com artes clássicas chinesas». The Epoch Times
- ↑ Manrique, María Eugenia (2006). Pintura Zen. Método y arte del sumi-e. [S.l.]: Barcelona: Editorial Kairós. ISBN 978-84-7245-621-1
- ↑ Yuuko Suzuki, Calligraphie japonaise, ed. Fleurus, 2003, páginas: 20-21