O Teatro da Comuna é um teatro localizado em Lisboa, Portugal, ocupado em Março de 1975 pelo grupo teatral A Comuna - Teatro de Pesquisa. O espaço, conhecido como "Casarão Cor-de-Rosa" da Praça de Espanha, foi um "Colégio Alemão" e também tinha sido o "Lar de Mães Solteiras da Misericórdia".

Teatro da Comuna
Teatro da Comuna
Localização Praça de Espanha, Lisboa
Tipo Teatro
Inauguração 1975
Antigos nomes Casarão Cor-de-Rosa da Praça de Espanha
Colégio Alemão
Lar de Mães Solteiras da Misericórdia
Website www.comunateatropesquisa.pt

Companhia residente editar

Grupo de Teatro
Comuna - Teatro de Pesquisa
Fundação
Lisboa, 1 de Maio de 1972
Tipologia
Grupo teatral independente
Espectáculos Emblemáticos
Para Onde Is? (1972)
Feliciano e as Batatas (1972)
A Ceia (1974)
Sede
Teatro da Comuna,
Praça de Espanha,
Lisboa
Equipa
Equipa artística Actores: Carlos Paulo, Álvaro Correia, Miguel Sermão, Hugo Franco
Figurinista residente: Carlos Paulo
Financiamento e apoios: Fundação Gulbenkian
www.comunateatropesquisa.pt

A Comuna - Teatro de Pesquisa foi fundada em 1 de Maio de 1972, em Lisboa.[1]

Este grupo teatral independente foi fundado por um grupo de actores que inclui nomes como Manuela de Freitas, Maria Emília Correia, António Rama, Carlos Paulo, Francisco Pestana, João Mota, Luís Lucas ou Melim Teixeira e teve como sua primeira peça Para Onde Is?, em 1972.[1][2]

O seu nome foi escolhido por votação dos ouvintes de um programa da Rádio Renascença, a quem foram propostas duas hipóteses: ou Os Cómicos ou A Comuna, sempre com o subtítulo de Teatro de Pesquisa.[3]

A Comuna recebeu dois Prémios da Imprensa (1972) e (1974), ou Prémio Bordalo. O primeiro pela representação da peça Feliciano e as Batatas, como "Melhor Espectáculo Juvenil ou Infantil" na categoria de "Teatro", entregue pela Casa da Imprensa, em 1973. Na mesma ocasião também foram distinguidos as actrizes Eunice Muñoz, Glicínia Quartin e Lurdes Norberto, o autor Romeu Correia, e as peças As Criadas (Melhor Espectáculo do Ano), Vida do Grande D. Quixote de la Mancha e do Gordo Sancho Pança (Melhor Espectáculo de Teatro Amador) e, excepcionalmente, O Fim da Macacada (Melhor Espectáculo de Revista). O segundo, como "Prémio Melhor Autor" pelo texto de A Ceia. Na categoria de "teatro foram ainda distinguidos em 1975, os actores Fernanda Alves e Luís Miguel Cintra, a peça A Grande Imprecação Diante das Muralhas da Cidade (Melhor Espectáculo) e ao seu encenador Mário Barradas, Pides na Grelha (Melhor Revista) e o Conjunto Cénico Caldense, por O Canto do Papão Lusitano, de Peter Weiss (Melhor Espectáculo de Teatro Amador).[4]

Peças editar

Ano Título Encenação Refs.
1972 Para Onde Is? de Gil Vicente [2]
1972 Feliciano e as Batatas de C. Dasté [1][2]
1974 A Ceia I [1]
1974 A Ceia II [1]
1977 A Mãe [1][2]
1978 Homem Morto, Homem Posto [1][2]
1979 Guerras de Alecrim e Manjerona [1][2]
1983 A Castro [1][2]
1983 Quero o Meu Vitor a Cores - (Café-Teatro) Carlos Paulo João Mota
1984 Marat - Peter Weiss João Mota
1986 Calígula [1][2]
2016 O Último dos Românticos [1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k «Ficha de Companhia / Grupo : Comuna - Teatro de Pesquisa». Centro de Estudos de Teatro & Tiago Certal. 8 de Junho de 2016. Consultado em 22 de setembro de 2017 
  2. a b c d e f g h Rodrigo Freixo (10 de maio de 2011). «Melhor ator Teatro : Carlos Paulo». Caras. Consultado em 22 de setembro de 2017 
  3. «"Comuna" comemora 30 anos ao serviço do teatro». Jornal de Coimbra Online. Arquivado do original em 6 Setembro 2023 
  4. «Prémios Bordalo». Em 1972 e 1974 denominado "Prémio da Imprensa". Sindicato dos Jornalistas. 22 de janeiro de 2002. Consultado em 22 de setembro de 2017 

Ligações externas editar