Teresa Pires II de Baião

Teresa Pires II de Baião (c. 1210? - depois de 1258) foi uma rica-dona portuguesa, e senhora de várias honras, herdadas do seu pai. Foi também, à semelhança dos seus primos, herdeira da avó, Urraca Afonso de Ribadouro. Foi a mãe do importante rico-homem Rui Garcia Quartela (de Paiva).

Teresa Pires (II) de Baião
Rica-dona/Senhora
Nascimento c.1210?
Morte depois de 1258
Cônjuge Garcia Fernandes Quartela
Descendência Rui Garcia Quartela
Sancha Garcia Quartela
Dinastia Baião
Pai Pedro Afonso de Baião
Mãe Maria Fernandes Quartela
Religião Catolicismo romano

Biografia editar

Teresa Pires era filha de Pedro Afonso de Baião, filho de Afonso Ermiges de Baião e Urraca Afonso de Ribadouro, e da sua esposa, Maria Fernandes Quartela, filha de Fernão Ramires Quartela e Cristina Soares de Paiva[1].

Gestão fundiária editar

A honra de Resende, pertencente à sua avó, regia-se pelo sistema de beetria. As “beetrias” destacavam-se em relação aos coutos e às honras por constituírem um povo livre, que gozava do direito de escolha e mudança de senhor, sempre que assim o desejassem, ao contrário do que acontecia nas restantes terras. Houve, portanto, provavelmente, uma eleição popular do senhor de Resende. De entre Pedro e Rodrigo Afonso (ambos filhos da anterior detentora), a escolha recaiu sobre este último. Contudo, o pai de Teresa não ficou desamparado; parece ter, inclusive, desempenhado pelo menos um cargo tenencial[2].

Sabe-se que Teresa foi a única filha e herdeira do seu pai, que terá falecido muito provavelmente antes de 1258, pois nas Inquirições Gerais que se realizaram nesse ano, é ela quem surge como detentora de vários bens em Baião, e mesmo a sul do rio Douro. Aqui, Teresa deteve a honra de Fonte Coberta[3], provavelmente de herança da avó. É célebre uma passagem das Inquirições, onde se faz referência, não só a várias usurpações, mas também de uma sua disputa com um abade, Monio Sovela, sobre umas terras em Gove.

Casamento editar

Teresa Pires veio a desposar o irmão da sua mãe, portanto seu tio materno, Garcia Fernandes Quartela[1], chamado por vezes de Paiva, dada a ascendência materna a um importante ramo da família de Baião, os Paivas. A sua adoção do apelido parece intuir uma espécie de rivalidade com a família original, dado que Cristina Soares tinha vários irmãos que prolongaram o nome desta família por várias gerações[4], partilhando assim da sua importância[5].

Morte e posteridade editar

Teresa ainda estava viva em 1258, pois é mencionada nas Inquirições desse ano em tempo presente. É possível que tenha falecido pouco depois desta data.

Casamento e descendência editar

Teresa desposou o seu tio materno, antes de 1253[5], Garcia Fernandes Quartela, de quem teveː

Referências

Bibliografia editar

  • Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira - 50 vols. , Vários, Editorial Enciclopédia, Lisboa. vol. 16-pg. 887.
  • Gayo, Manuel José da Costa Felgueiras, Nobiliário das Famílias de Portugal, Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989. vol. X-pg. 322 (Sousas).
  • Lima, António Manuel de Carvalho e (1993). Castelos Medievais no Curso Terminal do Douro (Sécs. IX-XII). I. Porto: Universidade do Porto 
  • Sottomayor-Pizarro, José Augusto (1997). Linhagens Medievais Portuguesas: Genealogias e Estratégias (1279-1325). I. Porto: Universidade do Porto 
  • Sottomayor-Pizarro, José Augusto (2014). Aristocracia e Mosteiros na Rota do Românico. Porto: Centro de Estudos do Românico e do Território 
  • Ventura, Leontina (1992). A nobreza de corte de Afonso III. II. Coimbra: Universidade de Coimbra 
  • Sousa, D. António Caetano de, História Genealógica da Casa Real Portuguesa, Atlântida-Livraria Editora, Lda, 2ª Edição, Coimbra,

Ligações externas editar