Teste de Wartegg, WZT, Teste de Complemento de Desenhos ou ainda Wartegg-Zeichen-Test era um teste psicológico muito utilizado em recrutamento pessoal, realizado por psicólogos em empresas de diversos ramos, porém atualmente sabe-se que os estudos realizados não conseguiram encontrar evidências de validade suficiente para sustentar as interpretações sugeridas em seu manual, os testes com evidência de validade podem ser consultados através do SATEPSI (Sistema de Avaliação Psicológica), Pesquisa de Tomazia e Pereira (1998), revelaram que este teste era o segundo mais utilizado na seleção de pessoal. Tinha como princípio a complementação de um desenho já iniciado.

O teste editar

O teste consiste em uma folha com 8 quadrados de tamanho de 16 cm² cada. Quem faz o teste da continuidade a um desenho já iniciado; são relatadas a ordem em que estes foram feitos; são dados nomes aos desenhos; é dito pelo o grau de dificuldade de execução de cada desenho; e qual desenho o candidato mais gostou e menos gostou.

É importante lembrar que de acordo com as avaliações dos testes psicológicos realizados pelo Conselho Federal de Psicologia do Brasil, alguns testes como Wartegg, e IAT, foram considerados desfavoráveis para aplicação, segundo os critérios estabelecidos na Resolução CFP n.º 002/2003. [1]

Significado de cada quadrado[2] editar

  • 1 - É a representação do próprio indivíduo
  • 2 - É o íntimo e afetivo.
  • 3 - Ambição
  • 4 - Agressividade, angústia
  • 5 - Energia
  • 6 - Razão pela lógica
  • 7 - Sexualidade
  • 8 - Futuro, equilíbrio mental

Para Biedma e d'Alfonso [3] Wartegg, em seu livro (Gestaltung und Charakter, 1939) utilizou critérios subjetivos e objetivos para identificar as impressões provocadas por estes temas, salientando os fatores de valorização que existem neles desenvolvidos por cada indivíduo enquanto atitudes condicionadas pela evolução ou estrutura da sua personalidade, e simultaneamente comprando estas tal como arquétipos à suas qualidades e caracteres gráficos próprios e o conteúdo simbólico-expressivo identificando sua presença e significados, por exemplo, nas escritas pictográficas babilônicas, chinesas e semíticas primitivas.

Ainda segundo os citados autores acima, os interpreta segundo o poder da sugestão específica de cada um deles lhes conferindo arquétipo que pode ser descrito como:

No tema 1, o ponto "....algo pequeno e irracional, que surge, entretanto, bem claramente e que é impossível de ignorar, pois que se encontra no centro do quadrado, atrai a atenção e faz convergir sobre ele a fantasia e o pensamento mediante a tensão' emocional"; "No tema 2, a linha ondulada finamente curvada evoca o mundo dos sentimentos; inspira um movimento fluido, ligeiro, que se pode observar mesmo nas elaborações mais abstratas."; "No tema 3, as três linhas retas crescentes e paralelas constituem um conjunto retilíneo firme e articulado, com impulso para o alto, desenvolvimento definido e dirigido com ordem."; "O tema 4, o pequeno quadrado negro, dá uma impressão de peso, de duração maciça e obscura." No tema 5, as retas longitudinal e. transversal, que correm em duas direções opostas, sugerem uma impressão de movimento para o alto à direita, tolhida por uma resistência de sentido contrário. A qualidade notável deste movimento, rico em tensão, resulta de seu caráter rígido, forte e virilmente ativo; Com o tema 6, as linhas separadas convidam, por sua posição, a interpretações simples de tipo geométrico e estão caracterizadas por seu sentido de desarticulação e de desacordo recíproco; O tema 7, a pequena semícírcuníerêncía pontilhada, provoca uma impressão diáfana e leve, imprecisa e graciosa. A interpretação qualitativa incide sobre o caráter articulado, disposto com sutileza. Além desta qualidade de fina articulação decorativa, este simples tema sugere uma significação delicadamente feminina.; No tema 8, o arco amplo que ocupa uma grande parte da superfície do quadro possui qualidades de concentração e a característica de abraçar um espaço fechado; impõe uma espécie de limite às impressões afetivas. (Biedma e d'Alfonso, 1973 (o.c.) p.11)

Referências editar

  1. SOUZA, Carmen Vera Rodrigues de; PRIMI, Ricardo; MIGUEL, Fabiano Koich. Validade do Teste Wartegg: correlação com 16PF, BPR-5 e desempenho profissional. Aval. psicol., Porto Alegre , v. 6, n. 1, p. 39-49, jun. 2007 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712007000100006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 31 jul. 2017.
  2. Aprenda a interpretar dibujos
  3. BIEDMA, Carlos J.; D'ALFONSO, Pedro G. A linguagem do desenho, teste de Wartegg – Biedma. Versão modificada do teste de Wartegg. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1973

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Notas e referências