Maximiana Maria da Conceição (m. Salvador, 1962), popularmente designada Tia Massi ou Tia Massim e cujo nome religioso era Iuim Funquê (Iwin Funké) ou Oim Funquê, foi uma celebrada candomblecista soteropolitana que serviu como a quinta ialorixá do Candomblé Queto da Casa Branca do Engenho Velho em Salvador, Bahia, de 1927 até sua morte em 1962.

Maximiana Maria da Conceição
Tia Massi
Maximiana em seu terreiro
Nascimento século XIX ou XX
Morte 1962
Salvador, BA, Brasil
Causa da morte Causas naturais
Cargo Ialorixá do Casa Branca do Engenho Velho
Religião Candomblé Queto

Vida editar

Maximiana Maria da Conceição, a popularmente designada Tia Massi, Tia Massim,[1] Iuim Funquê (Iwin Funké)[2][3] ou Oim Funquê,[4] nasceu em data incerta entre o fim do século XIX e o começo do XX. Professava o Candomblé Queto e estava filiada ao terreiro Casa Branca do Engenho Velho, de Salvador, capital da Bahia. Em 1927, tornar-se-ia ialorixá da Casa Branca em sucessão de Ursulina de Figueiredo, a dita Mãe Sussu. Sua gestão transcorreu até 1962, quando morreu de causas naturais e foi sucedida por Maria Deolinda dos Santos, a Papai Oquê.[5] Em 1932/33, iniciou sua filha de santo Juliana da Silva Baraúna, que à época tinha 16 ou 17 anos, e que primeiro serviria como iaquequerê na Casa Branca até 1984,[1] então seria interinamente ialaxé do mesmo local entre 1984 e 1985[6] antes de ir para o Rio de Janeiro, onde fundou seu próprio terreiro em Guadalupe, onde serviu como ialorixá.[7] O orixá de Maximiana era Oxaguiã.[2]

Ver também editar

Precedido por
Ursulina de Figueiredo (Mãe Sussu)
Ialorixá do Casa Branca do Engenho Velho
1927 — 1962
Sucedido por
Maria Deolinda dos Santos (Papai Oquê)

Referências

  1. a b Nascimento 1983.
  2. a b Santana 1998, p. 26.
  3. Lopes 2014.
  4. Morim 2014.
  5. Moura 2004, p. 91.
  6. Serra 2005, p. 177, nota 14; 182.
  7. Schumaher 2006, p. 151.

Bibliografia editar

  • Lopes, Nei (2014). «Ilê Axé Iá Nassô Oká». Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana. São Paulo: Selo Negro 
  • Moura, Clóvis; Moura, Soraya Silva (2004). «Casa Branca». Dicionário da escravidão negra no Brasil. São Paulo: Edusp. ISBN 85-314-0812-1 
  • Santana, Alice (1998). Candomblé afro-brasiliano. Macumba, magia, riti, cerimonie. Roma: Hermes Edizioni 
  • Schumaher, Schuma; Brazil, Érico Vital (2006). Mulheres negras do Brasil. Rio de Janeiro: REDEH - Rede de Desenvolvimento Humano 
  • Serra, Ordep (2005). «Monumentos Negros: Uma Experiência». Afro-Ásia. 33: 169-205