Tirteu
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Tirteu (em grego, Τυρταῖος - Tyrtaîos, na transliteração) poeta lírico grego do século VII a.C..
Com seus cânticos de guerra, incentivou a coragem espartana, levando-os à vitória por ocasião da Segunda Guerra Messênia. Tirteu escreveu duas espécies de poesia: cantos de guerra e elegias em dialeto jônico.
OrigemEditar
No primeiro ano da Segunda Guerra Messênia, após uma batalha em Darae na Messênia, que foi inconclusiva[1] e após Aristômene ter provocado os lacedemônios, penetrando Esparta à noite[Nota 1] e colocando no tempo de Athena Chalkioikos as armas capturadas dos espartanos com a inscrição Oferta de Aristômene à Deusa, tomadas dos espartanos,[2] os espartanos receberam do Oráculo de Delfos que eles deviam arrumar um ateniense como conselheiro.[3]
Os espartanos enviaram mensageiros a Atenas, e comunicaram o oráculo, pedindo um homem para os aconselhar.[3] Os atenienses não queriam ajudar Esparta a conquistar boa parte do Peloponeso sem grandes perigos, mas também não queriam desobedecer o deus, então escolheram entre eles Tirteu, um professor de letras, que era considerado intelectualmente fraco e era coxo, e o enviaram a Esparta.[3]
Tirteu, ao chegar, recitou para os nobres e para todos que ele pudesse escolher os poemas em elegias e anapestos.[3]
Participação na Segunda Guerra MessêniaEditar
Tirteu esteve com os espartanos na batalha que ocorreu um ano depois de Darae; ele não participou da luta, mas incentivou os espartanos.[4] A batalha foi uma derrota para os lacedemônios, que quiseram terminar a guerra, mas Tirteu, recitando seus poemas, conseguiu dissuadí-los.[5]
Mais tarde, quando Aristômene pilhou a Lacônia e a Messênia (ocupada),[6] provocando escassez em Esparta e quase uma revolução, foi Tirteu que fez os espartanos acertarem suas diferenças.[7]
Aristóteles menciona o poema A Boa Ordem de Tirteu, composto quando alguns cidadãos lacedemônios foram arruinados pela guerra messênia e queriam a redistribuição da terra.[8]
Obras relacionadasEditar
Fragmentos de Tirteu foram traduzidos do grego para o português por Rafael Brunhara, Vittorio de Falco e Aluizio Coimbra, Daisi Malhadas e Maria Helena de Moura Neves.
- BRUNHARA, R. As Elegias de Tirteu. São Paulo: Editora Humanitas, 2014
- FALCO, Vittorio de; COIMBRA, Aluizio F. Os elegíacos gregos de Calino a Crates. São Paulo, 1941
- MALHADAS, Daisi; MOURA NEVES, Maria H. De. Antologia de poetas gregos de Homero a Píndaro. Araraquara: FFCLAr-UNESP, 1976
Ligação externaEditar
Biblioteca Clássica - fragmentos de Tirteu traduzidos do grego para o português
blog Primeiros Escritos - fragmentos de Tirteu traduzidos do grego para o português
Notas e referências
Notas
- ↑ Esparta não tinha muralhas, confiando na força dos seus soldados
Referências
- ↑ Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 4.15.4
- ↑ Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 4.15.5
- ↑ a b c d Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 4.15.6
- ↑ Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 4.16.2
- ↑ Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 4.16.6
- ↑ Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 4.18.1
- ↑ Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 4.18.3
- ↑ Aristóteles, Política, Livro V, VII