Tito Romílio Roco Vaticano

político

Tito Romílio Roco Vaticano (em latim: Titus Romilius Rocus Vaticanus) foi um político da gente Romília nos primeiros anos da República Romana eleito cônsul em 455 a.C. com Caio Vetúrio Cicurino.

Tito Romílio Roco Vaticano
Cônsul da República Romana
Consulado 455 a.C.
451 a.C. (decênviro)

Consulado

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Tito Romílio pertencia à gente Romília, uma gente patrícia. Seu pai chamava-se Tito segundo os Fastos Consulares. Ele foi eleito com Caio Vetúrio Cicurino em 455 a.C..[1]

Seu consulado se iniciou com uma forte dissensão entre os cônsules e os tribunos da plebe por causa da necessidade de um novo alistamento militar. Os tribunos afirmavam que tratava-se de mais uma manobra para impedir a distribuição de terras públicas. No final, era aparente que os plebeus conseguiriam colocar a lei em votação, mas os patrícios se opuseram, impedindo, fisicamente, que as tribos se formassem para a votação ou atrapalhando as atividades dos que tentavam votar. Chegou-se ao ponto de convocar os mais arruaceiros entre os oponentes dos patrícios, que acabaram multados, mas que tiveram as multas pagas por membros de sua classe. A tentativa de colocar a lei em votação foi, porém, interrompida pela notícia de um raide dos équos e de um ataque à cidade aliada de Túsculo.[2]

Os tuscolanos pediram a ajuda dos romanos contra os équos, que os dois cônsules enfrentaram e derrotaram numa batalha, como sempre, perto do monte Álgido. Romílio e Cicurino decidiram vender o butim capturado para re-estabelecer o caixa estatal, fazendo assim mais inimigos entre os plebeus, que constituíam a grande parte do exército, e que esperavam a sua justa parte dos espólios.[3]

Anos seguintes

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No ano seguinte (454 a.C.), foi processado pelo tribuno da plebe Caio Calvo Cicerônio, sob a acusação de haver ilicitamente impedido que o butim fosse dividido entre os soldados e, condenado, foi obrigado a pagar uma pesada multa de 10 000 asses.[3]

Em 451, foi um dos decênviro no Primeiro Decenvirato, responsável por elaborar a "Lei das Dez Tábuas", completada nos decenviratos seguinte e que deu origem à Lei das Doze Tábuas.[4]

Ver também

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Cônsul da República Romana
 
Precedido por:
Marco Valério Máximo Latuca

com Espúrio Vergínio Tricosto Celimontano

Tito Romílio Roco Vaticano
455 a.C.

com Caio Vetúrio Cicurino

Sucedido por:
Espúrio Tarpeio Montano Capitolino

com Aulo Atérnio Varo

Decênviro da República Romana
 
Precedido por:
Ápio Cláudio Crasso Inregilense Sabino

com Tito Genúcio Augurino

Tito Romílio Roco Vaticano II
451 a.C.

com Primeiro Decenvirato

Sucedido por:
Segundo Decenvirato

Referências

  1. Dionísio, Antiguidades Romanas X, 33.
  2. Dionísio, Antiguidades Romanas X, 33-43.
  3. a b Lívio, Ab Urbe Condita Libri III, 2, 31.
  4. Lívio, Ab Urbe Condita Libri, III, 31-33.

Bibliografia

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Ligações externas

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