Tlatoani

termo usado por vários povos de língua nahuatl na Mesoamérica para designar os governantes dos āltepētl (cidades-estado)

O termo tlatoani (do nauatle tlahtoāni [t͡ɬaʔtoˈaːni] 'aquele que fala'), foi usado pelos povos nauas da Mesoamérica para designar os governantes dos altépetl ou cidades. Eram os eleitos pelos nobres (pipiltin) como governantes, escolhidos de entre uma família ou dinastia governante nas diferentes cidades. Os tlatoanis que governavam vários altépetl (como no caso dos mexicas) eram designados Huey Tlatoani.

Itzcóatl, escultura de Miguel Noreña (séc. XIX).

O termo é traduzido de forma incorrecta como rei ou imperador, sendo isto impreciso, pois os povos mesoamericanos não formavam reinos ou impérios.

Cada uma das cidades-estado do Império Asteca tinha seu próprio Tlatoani ou líder. Ele seria o sumo sacerdote e líder militar de sua cidade-estado. Ele seria considerado seu comandante-chefe. O tlatoani era o proprietário final de todas as terras em sua cidade-estado, recebia tributos, supervisionava mercados e templos, liderava os militares e resolvia disputas judiciais.[1] Ele freqüentemente seria um descendente da família real; no entanto, em alguns casos, ele seria eleito.[2] Uma vez que os Tlatoani foram autorizados a ter várias esposas, seu legado seria facilmente mantido. Depois de se estabelecer como Tlatoani, ele seria o Tlatoani de sua região pelo resto da vida. O Tlatoani foi escolhido por um conselho de anciãos, nobres e sacerdotes. Ele seria selecionado a partir de um grupo de quatro candidatos.

Referências editar

  1. «Aztec Political Structure». Tarlton Law Library. Consultado em 10 de março de 2020 
  2. «pre-Columbian civilizations». Encyclopædia Britannica. 22 de novembro de 2016. Consultado em 22 de maio de 2017 

Ver também editar

Bibliografia editar

Berdan, Frances F. (1996). Aztec Imperial Strategies. Washington, DC: Dumbarton Oaks Research Library and Collection. ISBN 0-88402-211-0. OCLC 27035231 
Gibson, Charles (1964). The Aztecs Under Spanish Rule: A History of the Indians of the Valley of Mexico, 1519–1810 Reprinted 1976 ed. Stanford, CA: Stanford University Press. ISBN 0-8047-0196-2. OCLC 190295 
Lockhart, James (2001). Nahuatl as Written: Lessons in Older Written Nahuatl, with Copious Examples and Texts. Col: UCLA Latin American studies, vol. 88; Nahuatl studies series, no. 6. Stanford and Los Angeles: Stanford University Press and UCLA Latin American Center Publications. ISBN 0-8047-4282-0. OCLC 46858459  (em inglês) (em náuatle)
Schroeder, Susan (1991). Chimalpahin and the Kingdoms of Chalco. Tucson: University of Arizona Press. ISBN 0-8165-1182-9. OCLC 21976206 
Schroeder, Susan (2007). «The Annals of Chimalpahin» (PDF). In: James Lockhart, Lisa Sousa, and Stephanie Wood (eds.). Sources and Methods for the Study of Postconquest Mesoamerican Ethnohistory (PDF e-book online publication) Provisional version ed. Eugene: University of Oregon Wired Humanities Project. Consultado em 16 de maio de 2008 
Wimmer, Alexis (2006). «Dictionnaire de la langue nahuatl classique» (online version, incorporating reproductions from Dictionnaire de la langue nahuatl ou mexicaine [1885], by Rémi Siméon)  (em francês) (em náuatle)