Tráfico árabe de escravos

Durante séculos, milhões de africanos subsarianos foram vendidos como escravos no Norte de África.[1]
Entre 650 e 1800, foram vendidos como escravos 17 milhões de africanos provenientes das terras ao sul do deserto do Sara. Os compradores viviam no Egito, Sudão, Líbia, Marrocos, etc...
Inúmeros testemunhos, desde a Idade Média europeia, corroboram este acontecimento histórico. Mas a falta de documentação e de estatísticas tornam impossível saber o número exato de pessoas envolvidas neste processo histórico.
O investigador americano Ralph A. Austen [2] fez um estudo intitulado ”The Trans-Saharan Slave Trade: A Tentative Sensus”, incluído na obra ”The Uncommon Market: Essays in the Economic History of the Atlantic Slave Trade”, redigida por Henry A. Gemery e Jans S. Hogendorn,[3] tendo chegado à conclusão de que poderia tratar-se de uns 17 milhões de escravos subsarianos no período de 650-1800.[1][4][5]

Principais redes de tráfico árabe de escravos em África na Idade Média
Traficantes de escravos árabes e seus cativos ao longo do rio Rovuma, entre a Tanzânia e Moçambique
Mercado de escravos no Iemen do séc.XIII

Ver também editar

Referências

  1. a b Dick Harrisson. «Transsaharisk slavhandel» (em sueco). Svenska Dagbladet. Consultado em 30 de outubro de 2014 
  2. «Ralph A. Austen» (em inglês). The University of Chicago . Department of History. Consultado em 30 de dezembro de 2014 
  3. Henry A. Gemery e Jans S. Hogendorn. «Uncommon Market: Essays in the Economic History of the Atlantic Slave Trade (Studies in social discontinuity)» (em inglês). Academic Press Inc (September 3, 1979) - ISBN 0122798503. Consultado em 30 de dezembro de 2014 
  4. The Arab-Muslim Slave Trade: Lifting the Taboo
  5. BOMFIM, Manoel. A América Latina: males de origem. Ed. do centenário. Rio de Janeiro: Topbooks, 2005. 390 p. ISBN 9788574751023 (broch.). p.90

Fontes editar