Trinycteris nicefori

Trinycteris nicefori é uma espécie de morcego da família Phyllostomidae. É a única espécie descrita para o gênero Trinycteris. Pode ser encontrada na América Central e na América do Sul.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaTrinycteris nicefori[1]

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [2]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Chiroptera
Família: Phyllostomidae
Subfamília: Phyllostominae
Gênero: Trinycteris
(Sanborn, 1949)[3]
Espécie: T. nicefori
Nome binomial
Trinycteris nicefori
(Sanborn, 1949)

Seu habitat é a floresta primária e a secundária em altitudes desde o nível do mar até 1000 m.[2] É crepuscular, sendo mais ativo após o pôr do sol e antes do amanhecer.[2][4]

Descrição

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Trata-se de espécie de porte pequeno, com orelhas triangulares. Pesa entre 7−11 g (246,53 oz), tendo comprimentos de antebraço de 35−40 mm (1 376,38 in). Seu pelo é marrom-acinzentado. A maioria dos morcegos desta espécie tem uma faixa tênue e de cor clara que desce pelas costas ao longo da coluna. Ademais, possui 34 dentes.[5]. O nome da espécie é uma homenagem à Nicéforo Maria, um padre católico francês que se radicou na Colômbia.

É um morcego insetívoro, comendo presas empoleiradas diretamente na superfície da vegetação ou no solo.[6]

Distribuição e habitat

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Pode ser encontrada em vários países da América Central e América do Sul, incluindo: México, Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Brasil, Peru e Bolívia.[2]

Em 2018, constatou-se a existência da espécie no Rio de Janeiro, indicando uma expansão de sua distribuição.[7]

É encontrada em elevações de até 1 000 m (3 300 pé) acima do nível do mar.[8] É noturno, acomodando-se em locais abrigados durante o dia, como troncos ocos e estruturas humanas.[5]

Conservação

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Em 2015, foi classificada como uma espécie pouco preocupante pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Tal classificação foi resultado de sua ampla gama geográfica, pelo fato de ser improvável que esteja experimentando um rápido declínio populacional e por seu alcance incluir áreas protegidas.[2]

A espécie pode ser infectada pelos nematóides Histiostrongylus sp. e Tricholeiperia sp.[9]

Referências

  1. Simmons, N.B. (2005). Wilson, D.E.; Reeder, D.M. (eds.), eds. Mammal Species of the World 3 ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. pp. 312–529. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
  2. a b c d e Tavares, V.; Burneo, S. (2008). Trinycteris nicefori (em inglês). IUCN 2014. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2014. Página visitada em 18 de fevereiro de 2015..
  3. «Trinycteris nicefori». Táxeus. 2021. Consultado em 15 de julho de 2021 
  4. Simmons, N.B. (2005). Wilson, D.E.; Reeder, D.M. (eds.), eds. Mammal Species of the World 3 ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. p. 411. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
  5. a b Escobedo, L.; León-Paniagua, Livia (2014). Ceballos, G., ed. Mammals of Mexico. [S.l.]: JHU Press. 687 páginas. ISBN 978-1421408439 
  6. «Trinycteris nicefori». Mamíferos del Ecuador. 2021. Consultado em 15 de julho de 2021 
  7. «Bats of the Serra da Bocaina National Park, southeastern Brazil: an updated species list and a distribution extension for Trinycteris nicefori (Sanborn, 1949)». Scielo Brasil. 2018. Consultado em 15 de julho de 2021 
  8. «Trinycteris nicefori». IUCN Red List of Threatened Species. 2018. Consultado em 12 de julho de 2021 
  9. «ENDOPARASITOS DE MORCEGOS DA FLORESTA NACIONAL DE PALMARES (FLONA), ALTOS – PIAUÍ, BRASIL / ENDPARASITES OF BAT OF THE NATIONAL FOREST OF PALMARES (FLONA), ALTOS – PIAUÍ, BRAZIL». Brazilian Journal of Development. 7. 2021. ISSN 2525-8761. Consultado em 15 de julho de 2021 
 
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