Usuário(a):Fernandes-Danielle/Presbiacusia
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A presbiacusia apresenta-se em diferentes formas. Embora não exista um consenso em relação aos tipos de presbiacusia[2], alguns autores se dispuseram a tornar a questão mais didática. Sendo assim, Schuknecht (1969), classificou a presbiacusia em quatro tipos. Contudo, vale ressaltar que geralmente o quadro encontrado entre os pacientes é misto, envolvendo fatores ambientes e genéticos[3]. Com isso, têm-se[4]:
1) Sensorial: É determinada pela queda das frequências agudas (acima de 2000 Hz) sem causa etiológica definida. Geralmente a percepção da redução de audição inicia-se na meia idade e se agrava ao decorrer dos anos. Embora este seja o cenário mais comum, é possível que indivíduos apresentem piora súbita da audição quando os limiares alcançam níveis de 40 dB. Em aspecto fisiológico, é dado pela atrofia no Órgão de Corti e a diminuição de funcionalidade do nervo auditivo. No Órgão de Corti está presente o fenômeno de tonotopismo coclear[5], o qual pode ser afetado pelo processo de envelhecimento celular, com danos na funcionalidade de células ciliadas e de células de sustentação. Caso seja perda auditiva induzida por ruído (PAIR)[6] , a lesão é pontual na espira basal da cóclea, logo, as células ciliadas e o nervo auditivo não apresentarão alterações. Nesses casos, o recrutamento está presente e o reflexo estapédico pode ser ausente nas frequências em queda. No quadro geral, é possível que os pacientes apresentem a queixa de zumbido quando submetidos a altas frequências.
2) Neural: Nesse caso, além da perda da audição, há um declínio da capacidade de processamento auditivo, ou seja, o idoso apresenta dificuldade em compreender a fala. Tal fato é justificado pela queda da audição que se faz presente em todas as frequências, apresentando grau moderado. Em aspecto fisiológico, caracteriza-se pela lesão dos neurônios cocleares, de forma degenerativa, concentrando-se na espira basal, aliado a isso, tem-se a perda de estruturas superiores. Inclusive, nesses casos, o aparelho auditivo (AASI) apresenta benefícios limitados. É possível correlacionar essa classificação com problemas de memória e déficits cognitivos.
3) Metabólica[7]: É comum, caracterizada por perda neurossensorial. Em aspecto fisiológico, é determinada pela presença de manchas atróficas nas espiras médias e apical da estria vascular, sendo a última responsável pela produção de endolinfa e relacionada a transdução coclear. No quadro audiológico, os limiares auditivos ultrapassam 50 dB, apresenta curva plana e, diferentemente da neural, boa discriminação de fala.
4) Mecânica: Também denominada como presbiacusia coclear condutiva, é caracterizada pelo enrijecimento da membrana basilar, o que gera danos na cóclea e alteração nas características de ressonância no duto coclear. No audiograma é esperado uma linha descendente de condução óssea, geralmente bilateral e simétrico. Não há dificuldade na discriminação de fala.
Referências
editar- ↑ Lowell, Seth H.; Paparella, Michael M. (outubro de 1977). «PRESBYCUSIS: WHAT IS IT?». The Laryngoscope (em inglês) (10): 1710???1717. ISSN 0023-852X. doi:10.1288/00005537-197710000-00016. Consultado em 26 de junho de 2022
- ↑ Neto, Waldir (2005). «Seminário» (PDF). Seminário. Consultado em 26 de junho de 2022
- ↑ Amato Neto, Vicente (outubro de 2006). «Tratado de Clínica médica». Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (5): 286–286. ISSN 0036-4665. doi:10.1590/s0036-46652006000500015. Consultado em 26 de junho de 2022
- ↑ Lee, Kyu-Yup (2013). «Pathophysiology of Age-Related Hearing Loss (Peripheral and Central)». Korean Journal of Audiology (em inglês) (2). 45 páginas. ISSN 2092-9862. PMC PMC3936539 Verifique
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(ajuda). PMID 24653905. doi:10.7874/kja.2013.17.2.45. Consultado em 26 de junho de 2022 - ↑ «Viaje ao mundo da audição». www.cochlea.eu. Consultado em 26 de junho de 2022
- ↑ loss., Sataloff, Joseph. Sataloff, Robert Thayer. Sataloff, Robert Thayer. Occupational hearing (2006). Occupational hearing loss. [S.l.]: CRC Taylor & Francis. OCLC 62755615
- ↑ «Viaje ao mundo da audição». www.cochlea.eu. Consultado em 26 de junho de 2022