Usuário(a):Flora Cruz/Testes
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Napoleão Biscaldi | |
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Nome completo | Napoleão Felipe Bertolane Biscaldi |
Nascimento | 1911 São Paulo, Brasil |
Morte | 27 de fevereiro de 1972 São Paulo, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | servidor público |
Napoleão Felipe Bertolane Biscaldi (1911 – 27 de fevereiro de 1972), foi um funcionário público aposentado que, ao sair de casa, foi vitima de uma bala perdida em uma troca de tiros entre policiais e militantes do Movimento de Libertação Popular, o MOLIPO.[1][2]
Morte
editarNo dia 27 de fevereiro de 1972, Napoleão Felipe Biscaldi, funcionário público aposentado pela prefeitura de São Paulo, filho de Josefa e Luiz Biscaldi, passava pela rua Serra de Botucatu, no bairro do Tatuapé, quando foi atingido por uma bala disparada por policiais em um confronto contra membros do MOLIPO. Segundo a versão oficial, foram os tiros de metralhadora disparados pelos membros do MOLIPO, Alexander José Ibsen Voerões e Lauriberto José Reyes, que acabaram atingindo Napoleão. Ele faleceu junto com os militantes.
O jornal Folha de S.Paulo publicou uma nota oficial dois dias após o acontecimento:
- "Dois terroristas, um dos quais natural do Chile, ao dispararem metralhadora e revolver contra agentes do órgãos de repressão, acabaram por atingir e matar o sr. Napoleão Felipe Biscaldi, de 61 anos de idade, no certo realizado domingo na rua Serra de Botucatu, bairro do Tatuapé.
- As informações foram liberadas ontem pelas autoridades federais em São Paulo que no prosseguimento de investigações, tomaram conhecimento de um encontro entre os terroristas às 17 horas de anteontem. Montado o dispositivo de certo naquela área, os dois terroristas, ao receberem voz de prisão, reagiram, atirando de metralhadora e revolver contra os agentes de segurança." [3]
Dia 4 de junho de 1997, dois integrantes d'A Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos visitaram o lugar afim de coletar depoimentos de moradores e re-investigar o caso. Há depoimentos que afirmam que o local do crime continha uma metralhadora em um tripé e que ocorria uma operação militar, além de policiais armados em um opala branco com metade do corpo para fora do carro. A partir dos depoimentos, os dois integrantes da Comissão relataram:
- "Primeiro, atingiram Napoleão Felipe Biscaldi – um funcionário público aposentado antigo morador da Serra de Botucatu, que atravessava a rua; depois balearam um rapaz que mancava. O rapaz aparentemente foi morto na hora. Os policiais o jogaram no porta-malas do carro. As ruas estavam cercadas de policiais." [4]
O corpo de Napoleão ficou cinco horas na rua a espera da perícia, que não fez fotos e o registrou como terrorista no documento oficial. Não há fotos que comprovem a versão oficial e as reais circunstâncias da morte de Napoleão Biscaldi. A Comissão de Familiares não conseguiu ter contato com a sua família e não houve indenização e nem requerimento de seu caso na Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.[5][6]
Ver também
editarReferências
- ↑ Árvore genealógica Ancestry
- ↑ ALMEIDA, Crimeia de. Dossiê Ditadura: Mortos e Desaparecidos Políticos no Brasil 1964 - 1985. São Paulo: Imprensa Oficial SP - página 327
- ↑ Acervo Folha de S.Paulo - edição de 29 de fevereiro de 1972 - primeiro caderno - página 5
- ↑ ALMEIDA, Crimeia de. Dossiê Ditadura: Mortos e Desaparecidos Políticos no Brasil 1964 - 1985. São Paulo: Imprensa Oficial SP - página 327/328
- ↑ Ações em SP relembram mortos e desaparecidos políticos da ditadura militar
- ↑ Dossiê dos mortos e Desaparecidos Políticos a Partir de 1964 - página 129