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Aldeia Central Pakuera

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A Aldeia Pakuera é uma das principais aldeias localizadas na Terra Indígena Kurâ Bakairi, no município de Paranatinga, Mato Grosso (MT), Brasil. Esta aldeia é uma das onze que compõem a área habitada pela etnia Bakairi. Com aproximadamente 700 habitantes, a população da Aldeia Pakuera é predominantemente formada pelo povo Kurâ-Bakairi. A aldeia está situada a cerca de 112 km de Paranatinga, acessível por estrada de terra, e a 560 km da capital, Cuiabá.[1] A Terra Indígena Pakuera, na sua quase totalidade, localiza-se no município de Paranatinga, à margem direita do rio Paranatinga ou Telles Pires, afluente do Tapajós. Uma parte dela situa-se no município de Planalto da Serra, à margem esquerda daquele rio. Nas suas vizinhanças encontram-se o morro do Urubu, e parte da Serra Azul.[2][3]

História

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A Terra Indígena Pakuera tem uma história marcada por deslocamentos e interações com colonizadores. Inicialmente, os Bakairi estabeleceram-se nas áreas de Tamitatoala-Batoví e Kulisehu, afluentes do Xingu, perdendo contato com outros grupos. Os descendentes que se instalaram em Santana reivindicam ser os "Verdadeiros Bakairi". Desde 1738, registros mostram a presença dos Bakairi nas minas de Mato Grosso como escravos. A expansão agrícola e pecuária levou-os às margens do rio Paranatinga. O envolvimento na extração de borracha, especialmente em Santana, sujeitou-os à exploração. A criação da Terra Indígena Santana em 1905, bem como a chegada de cientistas alemães e missões missionárias, influenciaram significativamente suas vidas.[4] Os Bakairi de Pakuera foram forçados a trabalhar na extração de borracha em 1884, sofrendo violência e proibições linguísticas. Somente na década de 1970 conseguiram expulsar os invasores. A criação do Posto Indígena em 1965 não alterou a situação, e várias influências externas continuaram moldando suas vidas. Estabeleceram-se em Paranatinga, mas foram reduzidos por fortes epidemias, chegando a somar apenas 22 indígenas . Os Bakairi atuaram como guias, remeiros e construtores de canoas de casca de jatobá nas expedições de Karl von den Steinen (1884/1887), assim como nas expedições subsequentes. Através dessas expedições, foram restabelecidas as relações entre os Bakairi do Alto Xingu, denominados por Steinen como "Orientais", e os "mansos" ou "Ocidentais".[5]

Referências

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  1. Conselho Nacional de Saúde (24 de outubro de 2018). «Aldeia Pakuera realiza etapa local da Conferência de Saúde Indígena». SUSCONECTA 
  2. Edir Pina de Barros. «Povos Indígenas no Brasil» 
  3. «TERRA INDÍGENA BAKAIRI» 
  4. «Bakairi - Povos Indígenas no Brasil». pib.socioambiental.org. Consultado em 6 de junho de 2024 
  5. PERUARE, Vitor Aurape (21 de Dezembro). Yakuigady: cultura e sustentabilidade nas máscaras rituais do povo Kurâ-Bakairi. Brasília - DF: [s.n.] p. 01- 25  Verifique data em: |data=, |ano= / |data= mismatch (ajuda)