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Usuário(a):João Paulo M. Mota/François-Xavier Fauvelle

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João Paulo M. Mota/François-Xavier Fauvelle

François-Xavier Fauvelle, ou François-Xavier Fauvelle-Aymar [1], nascido 29 de janeiro de 1968 (56 anos), é um historiador e arqueólogo francês especializado em África. Ele é o primeiro professor do Collège de France a ocupar uma cátedra permanente inteiramente dedicada à história da África antiga.

Biografia editar

Juventude e estudos editar

Fauvelle primeiro estudou filosofia e obteve um DEA nesta disciplina [2]. Decidiu então retomar os estudos de história, obteve o DEA de Jean Boulègue [3] e o mestrado, depois tornou-se doutor em história pela Universidade de Paris 1 Panthéon-Sorbonne.

Trabalhos editar

Atualmente é diretor de pesquisa do CNRS no laboratório TRACES da Universidade de Toulouse-Jean-Jaurès[4].

Vindo do Centro de Pesquisa Africano da Universidade de Paris 1 Panthéon-Sorbonne, trabalhou no Instituto Francês da África do Sul em Joanesburgo de 2005 a 2006 e foi diretor do Centro Francês de Estudos Etíopes em Adis Abeba, na Etiópia, de 2006 a 2009.

Inicialmente especialista na África do Sul e países vizinhos no período moderno e contemporâneo, interessou-se pelas relações entre dados históricos e arqueológicos de períodos mais antigos e, ao mesmo tempo, iniciou uma mudança na sua investigação para a Etiópia e a África Ocidental. Seu livro O Rinoceronte Dourado publicado em 2013 fez muito sucesso na imprensa e com o público em geral[5]. Ele chefia pesquisas arqueológicas na cidade medieval de Sijilmassa, no Marrocos.

Em novembro de 2018, François-Xavier Fauvelle foi eleito chefe da primeira cátedra permanente dedicada à África no Collège de France[6]: cátedra de História e Arqueologia dos Mundos Africanos. Dirigiu nomeadamente a escrita de uma vasta obra de síntese sobre a África antiga, Ancient Africa from Acacus to Zimbabwe, publicada na colecção "Mundos Antigos" das edições Belin[7]. Proferiu sua palestra inaugural no Collège de France, intitulada “Lições da história africana", em 3 de outubro de 2019[8] . Tanto nas suas obras como nas suas intervenções midiáticas, falou contundentemente contra as representações estereotipadas da história africana segundo as quais as sociedades deste continente permaneceram, até à era colonial, ahistóricas e imutáveis[9][10][11].

Publicações editar

Obras editar

  • A África de Cheikh Anta Diop: história e ideologia, Paris, Karthala, 1996.
  • Afrocentrismos: a história dos africanos entre o Egito e a América (dir. com Jean-Pierre Chrétien e Claude-Hélène Perrot ), Paris, Karthala, 2000.
  • A invenção do hotentote: história da visão ocidental dos Khoisan, séculos XV a XIX, Paris, Publications de la Sorbonne, 2002.
  • Cozinha e sociedade em África: história, sabores, saber fazer (dir. com Monique Chastanet e Dominique Juhé-Beaulaton], Paris, Karthala, 2002.
  • O retorno dos reis: autoridades tradicionais e o Estado na África contemporânea (dir. com Claude-Hélène Perrot), Paris, Karthala, 2003.
  • Henry Francis Fynn, Chaka, rei dos Zulus (edição revisada e comentada por F.-X. Fauvelle-Aymar), Toulouse, Anacharsis, 2004.
  • História da África do Sul, Paris, Le Seuil, col. “O universo histórico», 2006 (edição de bolso atualizada, col. «Pontos Limites», 2013).
  • Memória em leilão: Ideologia afrocêntrica atacando a história, Paris, Verdier, 2009.
  • Roubos de vacas na Caverna Christol: história crítica de uma imagem rupestre da África do Sul, com François Bon e Jean-Loïc Le Quellec, Paris, Publications de la Sorbonne, 2009.
  • Áreas muçulmanas do Chifre da África na Idade Média: estudos de arqueologia e história (dir. com Bertrand Hirsch), Paris, De Boccard-CFEE, 2011.
  • A Cultura Shay da Etiópia: arqueologia e história de uma elite pagã (dir. com Bertrand Poissonnier), Paris, De Boccard-CFEE, 2012.
  • O Rinoceronte Dourado: histórias da Idade Média africana, Paris, Alma, 2013 (edição de bolso, col. «Fólio de História», Gallimard, 2014; 2 edição. revisado e ampliado, Tallandier, 2022 ).
  • Os truques do historiador: ensaios da África e de outros lugares em homenagem a Jean Boulègue, Paris, Karthala, 2013.
  • História de convocação:Nelson Mandela: três discursos comentados, Paris, Alma, 2015.
  • Em busca do selvagem ideal, Paris, Le Seuil, 2017, 222 pág. ,ISBN 978-2-0213-7017-1.
  • L'Afrique ancienne. Col: Mondes anciens (em francês). [S.l.]: Éditions Belin. 2018. ISBN 978-2-7011-9836-1  .
  • Atlas histórico da África desde a pré-história até os dias atuais, dir. François Xavier Fauvelle e Isabelle Surun, cartografia Guillaume Balavoine, Caso contrário, 2019, «Atlas/Memórias», 96 pág.ISBN 978-2-7467-5114-9.
  • Pensando na história da África, Paris, Coll. As grandes vozes da pesquisa, edições do CNRS, 2022ISBN 978-2-271-14262-7.
  • Les masques et la mosquée. Col: Zéna (em francês). [S.l.]: CNRS Éditions. 2022. ISBN 978-2-271-14370-9  .
  • África e o mundo: histórias recontadas (dir. François Xavier Fauvelle e Anne Lafont ), La Découverte, 2022.

Artigos editar

Honrarias editar

Notas e referências editar

  1. ↑ «Fauvelle-Aymar, François-Xavier (1968-....)». catalogue.bnf.fr .
  2. ↑ «Biographie». college-de-france.fr (em francês). Consultado em 15 de setembro de 2020 
  3. ↑ Fauvelle, François-Xavier (DL 2022). Penser l'histoire de l'Afrique. [S.l.: s.n.] ISBN 978-2-271-14262-7. OCLC 1311379450. Consultado em 1 de setembro de 2022  |isbn2= e |isbn= redundantes (ajuda); Verifique data em: |data= (ajuda)
  4. ↑ François-Xavier Fauvelle sur le site du laboratoire TRACES.
  5. ↑ PDFlink sem parâmetros PDF Revue de presse du Rhinocéros d'or sur le site de l'éditeur
  6. ↑ Joan Tilouine (30 novembre 2018). «L'homme qui voulait moderniser l'histoire ancienne de l'Afrique». Le Monde  Verifique data em: |data= (ajuda)
  7. ↑ «François-Xavier Fauvelle : «Il ne s'est pas "rien" passé en Afrique pendant qu'on peignait Lascaux»». Libération (em francês). 12 octobre 2018  Verifique data em: |data= (ajuda)
  8. ↑ Leçon inaugurale François-Xavier Fauvelle au Collège de France.
  9. ↑ «« Nos sociétés contemporaines souffrent d'un déni de l'historicité des sociétés africaines »». Le Monde.fr (em francês). 30 de setembro de 2019. Consultado em 14 de novembro de 2020 
  10. ↑ «Contre le "déni", un historien fait entrer l'Afrique ancienne au Collège de France». LExpress.fr (em francês). 1 de outubro de 2019. Consultado em 16 de novembro de 2020 
  11. ↑ «Collège de France : leçon inaugurale de François-Xavier Fauvelle pour la première chaire permanente dédiée à l'Afrique». Franceinfo (em francês). 8 de outubro de 2019. Consultado em 16 de novembro de 2020 
  12. ↑ PDFlink sem parâmetros PDF François-Xavier Fauvelle sur le site du CNRS
  13. ↑ Grand prix des Rendez-vous de l'Histoire

Links externos editar

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