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O Centro Dom Bosco (CDB) é uma associação brasileira de católicos leigos com sede na cidade do Rio de Janeiro. Criado no ano de 2016, tem entre suas finalidades contribuir com a formação espiritual, cultural e intelectual de seus membros e frequentadores. Além disso, a "recristianização do Brasil" e o fim do estado laico[1].

Fundação e frentes de atuação

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A Igreja do Brasil, junto com a CNBB, celebram em 2018 o ano do Laicato, cujo objetivo é: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”[2]. Assim, inspirada na trajetória de dois dos grandes nomes do laicato brasileiro - Gustavo Corção e Jackson de Figueiredo - o Centro Dom Bosco surge a partir de um grupo de estudos sobre a Doutrina Social da Igreja com o principal objetivo de combater a Teologia da Libertação no ambiente universitário[3], formando assim o CDB em 30/04/2016 em uma sala localizada no centro do Rio de Janeiro. O CDB, além de formação espiritual e intelectual católica, tem entre os principais objetivos ajudar na salvação das almas e na recristianização do país[1]. Entre suas atividades, além de palestras e cursos católicos, também consta com um projeto editorial que reedita importantes obras católicas e publica um boletim universitário independente[4]. A isto, somam-se as atividades de uma universidade online católica.

Nas eleições de 2018, o CDB resolve atuar na política lançando como candidato a deputado federal um dos seus integrantes: a advogada Chris Tonietto[5] . Junto com a advogada, o CDB também impulsiona a candidatura a deputado estadual para o estado do Rio de Janeiro o ex policial civil: Márcio Gualberto[6]. Ambos são eleitos pelo partido PSL[7].

Polêmicas

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Considerado por alguns meios de comunicação como um grupo ultra conservador[1], o CDB tem uma militância apologética e diz defender a verdadeira doutrina católica e qualquer ameaça contra ela. Entre as primeiras polêmicas empreitadas pelo CDB, encontra-se o processo judicial contra o site humorístico Porta dos Fundos[8]. O Centro Dom Bosco alegou ofensa à liberdade religiosa, protegida pela Constituição Federal, e violação do artigo 208 do Código Penal, que pune o crime de ultraje a culto. Em outubro de 2018, pelos 500 anos da reforma protestante, o Centro Dom Bosco lançou uma campanha para tentar convencer os evangélicos a “voltarem para casa”, ou seja, a Igreja Católica[9]. A campanha consistia na reedição de três livros, entre eles, o polêmico Index Librorum Prohibitorium. Nas suas linhas editoriais, o Centro Dom Bosco embarcou mais uma vez em uma polêmica com a publicação de um boletim universitário intitulado "O Universitário". Tal jornal, com reportagens contra a ideologia de gênero, uma entrevista com o filosofo Olavo de Carvalho e uma notícia sobre a candidatura à presidência de Jair Bolsonaro, foi distribuído em algumas universidades brasileiras, entre elas, a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, gerando uma confusão entre alunos da universidade e membros do CDB[10].

No que tocante à defesa da fé e à Igreja Católica, o Centro Dom Bosco processou o grupo autodenominado "Católicas pelo direito de decidir", movimento claramente oposto à doutrina da Igreja em temas como o aborto, diversidade sexual etc, pedindo que o grupo abstenha-se de usar o nome “Católicas” ou, alternativamente, que a Justiça declare que o agrupamento não representa a Igreja Católica ou fala em nome dela[11]. O CDB também atuou nos protestos pacíficos contra a inauguração no Rio de Janeiro da exposição “Queermuseu: Cartografias da Diferença na Arte Brasileira"[12].

Finalmente, no âmbito educacional, o CDB criou seu curso online, a Universidade São Jerônimo, aberto no início de 2018. Com aulas de filosofia, história e direito canônico, a USJ se orgulha de não ser reconhecida pelo Ministério da Educação e gosta de anunciar ser ela a não reconhecer o MEC. [13]

Referências