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Centro Pan-Americano de Febre Aftosa editar

O Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (PANAFTOSA-OPAS/OMS) é um centro científico da unidade de Saúde Pública Veterinária da Organização Pan-Americana da Saúde / Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) que desenvolveu um importante trabalho no controle e erradicação da febre aftosa desde sua inauguração em 1951. Em 1997, a cooperação técnica em zoonoses foi incluída em seus mandatos e, em 2007, a segurança dos alimentos tornou-se outra área de atuação. O PANAFTOSA-OPAS/OMS oferece cooperação técnica a todos os países membros da OPAS nas Américas, para melhorar o estado de saúde da população e promover o desenvolvimento dos países.

Propósitos editar

  • Cooperar com os países do continente americano, afetados pela febre aftosa, na organização, desenvolvimento e fortalecimento de programas nacionais e regionais de erradicação da doença.
  • Apoiar os países livres de febre aftosa, na implementação e manutenção de programas de prevenção de doenças para eliminar o risco de sua reintrodução.
  • Cooperar com os países do continente, no desenvolvimento e fortalecimento de programas de controle e erradicação de zoonoses que tenham impacto na saúde humana e na produção animal, estabelecendo alianças e fortalecendo, cada vez mais, o combate a essas doenças.
  • Fornecer cooperação técnica aos países membros da OPAS para resolver problemas relacionados à segurança alimentar e à prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos.

A missão do PANAFTOSA-OPAS/OMS acima mencionada, inclui as seguintes contribuições:

  • Aumentar a disponibilidade de produtos de origem animal, como carne e leite, com forte impacto positivo na saúde humana.
  • Melhorar o impacto socioeconômico na atividade pecuária.
  • Contribuir para a redução do risco de doenças na população humana, devido a zoonoses e doenças transmitidas por alimentos.

História editar

Na década de 1950, o impacto da febre aftosa em países como o Brasil, Colômbia, México e Venezuela levou a Organização dos Estados Americanos (OEA) a reconhecer a importância da criação de um centro internacional de apoio técnico e científico para o controle desta doença nos países da América.

O PANAFTOSA foi criado em 1951 como um projeto técnico de apoio aos países afetados pela febre aftosa, e incorporado em 1968 como um programa regular de cooperação técnica do Programa de Saúde Pública Veterinária da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). O trabalho realizado pelo PANAFTOSA ao longo dos anos contribuiu para a obtenção de importantes resultados para a população e para a economia do continente. O PANAFTOSA tornou-se sinônimo de qualidade e é considerado internacionalmente como um Centro de Excelência. Credibilidade esta conquistada com dedicação, seriedade e profissionalismo. Uma história de conquistas que abre o caminho para futuras conquistas.

A febre aftosa é responsável pela diminuição da produtividade da pecuária, impactando na segurança alimentar devido à redução no suprimento de proteínas de origem animal. Além disso, limita o desenvolvimento econômico da pecuária e prejudica o comércio nacional e internacional de animais e produtos pecuários.

O panorama da doença antes das ações do PANAFTOSA era de grande prejuízo na saúde e na economia. O PANAFTOSA atua com sucesso na luta contra a doença na América do Sul. Hoje, como resultado de suas ações de cooperação técnica, a febre aftosa está erradicada nos países do Cone Sul. Sua erradicação abriu o caminho para o progresso, possibilitando uma maior disponibilidade de proteína de alta qualidade para o consumo nacional e um maior volume para exportação.

O Centro Pan-Americano de Febre Aftosa está localizado em São Bento, Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, Brasil. Em uma área de 46 hectares e 12.000 m² de área coberta, possui laboratórios para diagnóstico, pesquisa e atividades de referência, controle de vacinas, dependências para estudos epidemiológicos, estatística e computação.

Também possui salas de aula, auditório e biblioteca. Considerado como um centro de referência para doenças vesiculares pela OIE e da FAO, o PANAFTOSA apoia programas para a prevenção, controle e erradicação da febre aftosa, e atua como um laboratório de referência regional para doenças vesiculares e promove a colaboração entre os países.

Seu departamento de serviços de campo inclui: epidemiologia, assistência ao programa, treinamento e divulgação. O PANAFTOSA conta com o apoio dos consultores do Programa de Saúde Pública Veterinária da OPAS nos países da região, bem como dos consultores de campo do projeto Cuenca del Plata.

Os laboratórios do PANAFTOSA realizam testes para o diagnóstico de doenças vesiculares, para controle de qualidade de vacinas, análise biomolecular, sequenciação de vírus e relacionada com o seu estado como técnicas de referência. Vinculado a centros de excelência em todo o mundo, o PANAFTOSA tem acesso permanente às informações científicas atuais e mantém publicações periódicas como: Situação dos Programas de Controle da Febre Aftosa na América do Sul, Relatório da COSALFA, entre outros. Sua biblioteca é considerada uma verdadeira fonte de pesquisa e consulta, com toda a informação bibliográfica necessária sobre doenças vesiculares e zoonoses de impacto econômico e social.

O PANAFTOSA criou marcos importantes na luta pela erradicação da febre aftosa. Desde o início, mostrou que seu trabalho seria fundamental e suas conquistas seriam históricas como: Métodos para o diagnóstico, onde o PANAFTOSA desenvolveu e implantou nos países da região, a tecnologia de testes sorológicos de isolamento viral e a caracterização de vírus de campo. A vacina contra a febre aftosa com adjuvante oleoso, que PANAFTOSA desenvolveu e padronizou a tecnologia para produção de antígenos em "garrafas rolantes" e em produção em escala industrial, obtendo uma vacina de fácil aplicação e alto poder imunogênico. O desenvolvimento desta vacina permitiu ao gado, que antes precisava ser vacinado a cada quatro meses, fosse vacinado duas vezes por ano. A tecnologia desenvolvida foi fornecida sem custo, trazendo benefícios importantes para os países e indústrias do setor privado.

Direção editar

  • 2009-atual - Ottorino Cosivi
  • 2007-2009 - Albino José Belotto
  • 2006-2007 - Miguel Angel Genovese Linares
  • 2000-2005 - Eduardo Enrique Ernesto Correa Melo
  • 1998-2000 - José German Rodríguez Torres
  • 1991-1998 - Vicente Mateo Astudillo Caldes
  • 1976-1991 - Raul Casas Olascoaga
  • 1970-1976 - Mario Vasco Fernandes
  • 1966-1969 - Carlos Antonio Palacios García
  • 1956-1965 - William M. Henderson
  • 1951-1956 - Ervin A. Eichhorn

Links externos editar

[1]

Categoria:Segurança alimentar Categoria:Epidemiologia